Folha de S.Paulo

Queijo feito na serra foi premiado em concurso mundial

- Marília Miragaia

Maturado durante 30 dias, com casca amarela por fora e textura cremosa no interior, o queijo minas artesanal Bicas da Serra, produzido em Carrancas, ganhou apreço também fora do país.

O produto foi um dos queijos brasileiro­s premiados no Mondial du Fromage, concurso que avaliou, em junho, 950 queijos de 42 países. A premiação, que existe desde 2013, aconteceu em Tours, no Vale do Loire, região francesa famosa por seus castelos.

O Brasil participou com cerca de 150 queijos e trouxe para casa 58 medalhas entre super ouro, ouro, prata e bronze (esta última, foi a categoria vencida pelo Bicas da Serra).

A participaç­ão do Brasil vem crescendo na feira (em seu primeiro ano, não havia nenhum laticínio brasileiro), e é o estado de Minas aquele mais envia representa­ntes para o evento.

É também o mais premiado: das 58 medalhas, 50 foram para produtores de Minas Gerais. As oito distinções restantes foram recebidas por São Paulo, Paraíba e Pará.

“Esses concursos e festivais estão ajudando a alavancar nossos produtos. O queijo minas artesanal vem sendo cada vez mais bem aceito”, afirma José Orlando Ferreira Jr., 57, que produz o Bicas da Serra na fazenda Santo Antônio de Categeró resgatando uma tradição dos avós.

O laticínio, feito de leite cru, é vendido a R$ 60 (a peça) para mercados em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Mesmo com a premiação, ele não prevê, por ora, crescer a produção para não perder em qualidade. Por dia, ele faz 20 peças de queijo durante a época de seca. “Na época das águas”, o número não passa de 30.

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Divulgação Bufê no fogão a lenha do bar e restaurant­e Recanto, em Carrancas (MG)

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