Autópsia indica que bilionário americano se suicidou na prisão
A autópsia feita no corpo do bilionário americano Jeffrey Epstein, 66, que foi encontrado morto no último sábado (10) em sua cela, confirmou que ele se suicidou, colocando fim às especulações sobre o que tinha acontecido.
O empresário estava em prisão federal em Nova York desde julho sob acusação de abuso de menores. Seu corpo foi encontrado pelos guardas.
Após sua morte, usuários de redes sociais sugeriram que ele teria sido assassinado. Isso porque as primeiras informações divulgadas pela imprensa americana apontavam que a lesão no pescoço do bilionário era comum em estrangulamentos. No relatório final, a hipótese foi descartada e ficou confirmado que ele se enforcou.
Segundo a ata de acusação, Epstein teria levado garotas menores de idade, algumas com apenas 14 anos, para suas residências em Manhattan (NY) e em Palm Beach, na Flórida, entre 2002 e 2005, “para participar de atos sexuais com ele, depois dos quais lhes dava centenas de dólares”.
“Ele também pagava algumas vítimas para recrutarem mais meninas para serem abusadas”, apontou a acusação.
Epstein negava os fatos, mas um juiz federal rejeitou o pedido de liberdade condicional. Os advogados do bilionário propuseram que ele ficasse isolado em sua casa em Manhattan com tornozeleira ou bracelete eletrônico e monitoramento por câmeras.
A Justiça avaliou, porém, que Epstein representava um risco para a sociedade e que poderia tentar fugir, já que tinha os meios para isso.
Em 23 de julho, o bilionário já havia sido encontrado inconsciente e em posição fetal em sua cela. As autoridades trataram o incidente como uma tentativa de suicídio.
O jornal The New York Times afirmou que, segundo uma pessoa familiarizada com o caso, Epstein ficou sob vigilância como potencial suicida depois desse episódio e passou por avaliação psiquiátrica.
No último dia 29, deixou esse regime e foi colocado em uma área especial com segurança reforçada. A falta de vigilância no momento de sua morte gerou críticas à direção do presídio, que foi demitida.
O secretário de Justiça, William Barr, afirmou em comunicado que ficou “horrorizado” e que seu departamento abriu uma investigação sobre as circunstâncias da morte.