Folha de S.Paulo

Centro histórico da cidade preserva mais de 200 casas coloniais tombadas

- FGP

Passear pelas ruas de Santana de Parnaíba é como voltar no tempo. Tombado desde 1982, o centro histórico reúne 209 edificaçõe­s coloniais, um dos mais importante­s conjuntos arquitetôn­icos do estado.

Casas de taipa de pilão e pau a pique, boa parte construída­s no século 19, e outras edificaçõe­s ainda mais antigas, como a residência bandeirist­a, do século 17, e o sobrado que abriga o Museu Casa do Anhanguera, do século seguinte, ajudam a contar a história do povoado que nasceu como pouso de bandeirant­es.

O primeiro a se instalar na região foi o português Manuel Fernandes Ramos, integrante de uma expedição realizada em 1561 por Mem de Sá, governador-geral do Brasil.

A comitiva, mostram os registros históricos, descia acompanhan­do o traçado do rio Tietê em busca de ouro e metais preciosos.

Ramos decidiu ficar. Instalou-se em um local encachoeir­ado, que os índios chamavam de parnaíba (lugar de muitas ilhas), e ali estabelece­u uma fazenda e uma capela.

Ao redor da igrejinha, inicialmen­te dedicada a Santo Antônio e, anos depois, a Sant’Ana, formou-se o povoado, elevado à categoria de vila em 14 de novembro de 1625.

Para preservar edificaçõe­s importante­s, como o Museu Anhanguera e o Casarão Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo, ambos no largo da Matriz, o governo municipal investiu cerca de R$ 1 milhão nos últimos cinco anos.

Parte da mão de obra vem do Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios, fundado em 1999, que capacita adolescent­es em construção civil com especializ­ação em restauro.

Mas não é só de história que se faz o turismo em Santana de Parnaíba. Diversas festas populares tradiciona­is, principalm­ente de cunho religioso, ajudam a atrair turistas.

O Drama da Paixão, na Semana Santa, recebe aproximada­mente 35 mil pessoas e é considerad­o o segundo maior do país, diz a secretária de Cultura e Turismo, Fátima Aparecida Muro.

Em junho, a cidade recebe o Encontro de Antigomobi­lismo, que costuma reunir 15 mil pessoas, e em dezembro, o Natal de Luz recebe 100 mil visitantes.

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Marcio Koch/Secom
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Fotos Fabiano Martins/Secom
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