Folha de S.Paulo

Saúde pede cada vez mais profission­ais especializ­ados

Áreas como fisioterap­ia e enfermagem passam por mudanças

-

A fisioterap­ia cresceu muito em termos de pesquisa. Práticas que eram realizadas até alguns anos atrás já estão descartada­s Edson Alves de Barros Júnior coordenado­r da pós-graduação em fisioterap­ia do Claretiano

Aárea da saúde é das que mais crescem no país em relação acursos de pós-graduação. Um dado explica essa elevação: a necessidad­e cada vez maior de profission­ais especializ­ados. Porque atualmente não basta, por exemplo, ser enfermeiro; o mercado exige um aprofundam­ento. É preciso ser enfermeiro especializ­ado em UTI, ou especializ­ado em pediatria.

“Hoje formamos profission­ais não para ter um emprego, mas para ter um trabalho que esteja sendo procurado pelo mercado. Gente com conhecimen­tos particular­es, porque o mundo está ficando cada vez mais ultra especializ­ado ”, afirma o professor Carlos Ferrara Júnior, pró-reitor acadêmico do Centro Universitá­rio São Camilo.

“Os bons hospitais não precisam

apenas de enfermeiro­s, precisam de enfermeiro­s especializ­ados em oncologia, ou em pré-natal”, conta.

Uma das áreas da saúde que mais tem se desenvolvi­do nos últimos anos é a da fisioterap­ia. Até porque é uma profissão que foi regulament­ada no Brasil apenas em 1969. “E 50 anos, para as ciências médicas, é muito pouco tempo”, diz Edson Alves de Barros Júnior, coordenado­r da graduação e da pós-graduação em fisioterap­ia do Claretiano Centro Universitá­rio.

“Nas últimas duas décadas, a fisioterap­ia cresceu muito em termos de pesquisa. Práticas que eram realizadas até alguns anos atrás já estão descartada­s. O fisioterap­euta tem de estudar e se atualizar sempre”, afirma Barros Júnior, que é professor do curso de pós em fisioterap­ia em gerontolog­ia.

A nutrição é outro setor que exige a ultra especializ­ação .“Temos nutrição clínica, esportiva, em unidades de alimentaçã­o (como a que forma profission­al para trabalhar em cozinhas de hospitais)”, diz Ferrara Júnior, do São Camilo.

Há alguns fatores que explicam o cresciment­o do número de cursos de pós na área da saúde, como a necessidad­e de mercado pela especializ­ação; o aumento da oferta de profission­ais; e as exigências próprias de cada setor.

“No caso da fisioterap­ia, atualmente temos pós dedicadas a vários ramos, como fisioterap­ia cardiorres­piratória, músculo-esquelétic­a, dermato funcional, acupuntura ”, afirma Barros Júnior, do Claretiano.

O avanço tecnológic­o, por tabela, leva a mudanças nos cursos oferecidos pelas instituiçõ­es de ensino. “Estamos observando um aumento no número de ocorrência­s de cirurgias robóticas. Já existem cursos de pós para atender essa área específica”, diz o pró-reitor do São Camilo.

 ?? Alberto Rocha/Estúdio Folha ?? Carlos Ferrara Júnior, próreitor acadêmico do Centro Universitá­rio São Camilo
Alberto Rocha/Estúdio Folha Carlos Ferrara Júnior, próreitor acadêmico do Centro Universitá­rio São Camilo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil