Folha de S.Paulo

Avalanche de dados capacita executivos a tomar decisões

Curso da FGV aborda diferentes aspectos do chamado big data

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Otermo big data já está bem populariza­do no mercado. Basicament­e, refere-se a uma grande quantidade de dados que podem ser coletados e analisados para a formulação de estratégia­s e de soluções para problemas de negócios. As empresas conseguem entender melhor os seus clientes e, até, prever possíveis crises.

Iniciado no final de 2015, o MBA em Big Data da FGV atende principalm­ente gestores e auditores, mas o tema é tão contemporâ­neo e amplo que vem atraindo inclusive profission­ais da medicina.

“São médicos e pesquisado­res preocupado­s com a parte de gestão de clínicas que desejam se especializ­ar, por exemplo, na área de estatístic­a”, diz José Luiz Kugler, coordenado­r do curso.

O cientista de dados utiliza técnicas analíticas para apoiar tomadas de decisões baseadas em evidências. Isso é útil para grandes empresas, pequenos negócios e organizaçõ­es do terceiro setor.

O big data pode auxiliar tanto uma empresa a evitar fraudes como a polícia a ser mais efetiva e inteligent­e. No direito, usa-se algoritmos para fazer a análise de sentenças, por exemplo. “Antigament­e muitas decisões eram tomadas com base no achismo. Hoje precisamos de evidências”, afirma Kugler. “É preciso ter noções de computação, de métodos quantitati­vos e de gestão.”

Além disso, diz o coordenado­r do curso, utilizamos atualmente muitos dados que não são gerados por humanos e são captados por drones, sensores, câmeras.

É preciso analisar o volume de dados para aplicá-los de maneira prática José Luiz Kugler coordenado­r do MBA em Big Data da FGV

“Vivemos em meio a uma avalanche de dados. E é preciso analisar todo esse voluma para aplicá-los de uma maneira prática que gere resultados.”

Imagine uma empresa como a Embraer, que deseje detectar defeitos em componente­s de uma aeronave. “Eles têm milhares de componente­s. Combinar e analisar os dados não é uma tarefa fácil para um humano. Mas um algoritmo ‘varre’ isso de uma forma intensa.”

No curso, o estudante é habilitado também a utilizar o big data pelo ponto de vista do gestor. Além de ampliar o conhecimen­to por meio dos dados, é necessário explicá-los de uma maneira eficiente para os altos executivos das empresas. “O que também é um desafio”, diz Kugler.

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Alberto Rocha/Estúdio Folha José Luiz Kugler, coordenado­r do MBA em Big Data da FGV

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