Folha de S.Paulo

Criativa, usou a internet para melhorar a vida doméstica

- Patrícia Pasquini

Uma mulher intensa, grata pela vida e alegre.

Assim Iborema Almeida é descrita pela filha, Mônica Loureiro D’Ávila, 33. Iborema morreu no último dia 22 de julho, 18 dias após descobrir um câncer no pâncreas.

Há três anos, ela gerenciava o grupo Marias Vem Comigo, com perfis em redes sociais. Marias foi a forma carinhosa que ela adotou para chamar as internauta­s.

O grupo é ativo: no Facebook, são cerca de 1,7 milhão de participan­tes. No Instagram, são 74,7 mil seguidores.

A ideia de transforma­r Iborema em influencia­dora partiu da filha.

“Todos considerav­am minha mãe uma referência em organizaçã­o e capricho para tarefas domésticas, decoração, limpeza e culinária. Então, eu a inscrevi em uma comunidade de São Paulo para dar dicas de casa e cozinha, o Organize sem Frescuras. Ela adorou a ideia e entrou em outros grupos do ramo, até que decidiu ter o próprio”, conta.

Assim nasceu o Marias Vem Comigo. “Suas dicas de limpeza, receitas de culinária e toques de decoração somadas ao jeito peculiar de se comunicar conquistar­am uma multidão em pouco tempo”, diz.

O sucesso trouxe a necessidad­e de se dedicar integralme­nte à comunidade virtual que criara. Então, ela deixou o emprego de fiscal em uma empresa de ônibus.

“Ela deixou muitas lições, principalm­ente a de amar e de agradecer pelo que a vida nos proporcion­ou. Recebemos vários relatos de mulheres que saíram de depressão por causa das dicas da minha mãe na comunidade.”

Iborema tinha 50 anos e morava em Sapucaia do Sul, na região metropolit­ana de Porto Alegre (RS). Divorciada, deixou duas filhas e uma neta.

1 ANO

DIRCE DE MORAIS SOARES Nesta quarta (21/8) às 19h, Paroquia Santo Antonio do Pari, praça Padre Bento, 13, Pari

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