Itaú Unibanco não descarta PIB em queda no terceiro trimestre
O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, afirmou que a instituição mantém a projeção de crescimento do PIB de 0,5% no segundo trimestre, mas não descarta a possibilidade de queda da atividade no terceiro. Ele disse que os dados do trimestre atual representam apenas 15% dos indicadores a serem divulgados, mas que não há sinais de aceleração da atividade.
Apesar da piora no cenário externo, a instituição não vê motivos para alterar suas projeções de crescimento para 2019 (0,8%) e 2020 (1,7%).
O banco calcula que a crise argentina possa tirar 0,2 ponto percentual do PIB brasileiro, mas que esse efeito é compensado pela injeção de recursos do FGTS. Já a desaceleração das economias dos EUA e da China teria impacto maior sobre a atividade.
A instituição também considera a manutenção do dólar no patamar próximo de R$ 4,00 e afirma que alta recente é mais uma questão de força da moeda americana do que de fraqueza do real.
Sobre a reforma tributária, o Itaú considera que ela pode ser aprovada até o ano que vem, com melhora no ambiente de negócios, mas sem impacto no curto prazo sobre o crescimento do país.
Mesquita afirmou que há hoje uma “inflação de propostas” e que a existência de convergência entre elas é politicamente difícil. O economista não tem preferência por uma proposta, mas gostaria de ver um sistema tributário mais simples, com um IVA nacional, como na PEC 45, que tramita na Câmara.