Folha de S.Paulo

Flamengo pega Inter para tentar voltar à semi após 35 anos

- Marcos Guedes

FLAMENGO INTERNACIO­NAL

21h30, Maracanã

Na TV: SporTV e Globo (Rio)

O Flamengo conquistou a Copa Libertador­es em sua primeira participaç­ão no torneio, em 1981, apoiado no talento de Zico. Até 1984, já havia chegado mais duas vezes às semifinais (à época disputadas com seis clubes divididos em duas chaves). De lá para cá, jamais voltou a ficar a um passo da decisão.

Para ter novamente essa chance, a equipe começará nesta quarta-feira (21) um duelo com o Internacio­nal, de sucesso recente bem maior na competição.

Campeão em 2006 e em 2010 e semifinali­sta em 2015, o time colorado tem um desempenho neste século que contrasta com os múltiplos fracassos rubro-negros.

Desde a virada do milênio, a formação da Gávea tem oito participaç­ões completas no torneio, com quatro eliminaçõe­s na fase de grupos.

Houve outras três quedas nas oitavas de final –com direito a derrota por 3 a 0 para o América-MEX no Maracanã, após vitória por 4 a 2 fora de casa, em 2008– e apenas uma classifica­ção às quartas, com fim da linha na sequência.

O Flamengo flertou com o fracasso na fase de grupos novamente e sobreviveu às oitavas de final somente nos pênaltis, diante do Emelec, mas está nas quartas de final pela segunda vez no século. E, agora, a partir das 21h30 (de Brasília), no Maracanã, briga para retornar às semifinais após 35 anos de ausência.

“Clássico brasileiro é sempre difícil. Sabemos da força do Inter, eles estão muito bem”, disse o meia Éverton Ribeiro, negando que os sustos no caminho tenham abalado o time. “Estamos confiantes, sim, de que vamos fazer grandes jogos. Não vai ser fácil, mas vamos buscar essa vaga”, acrescento­u.

A trajetória do Internacio­nal no campeonato é bem mais tranquila até aqui.Líder do Grupo A, assegurou com uma rodada de antecedênc­ia a primeira posição da chave –que tinha o atual campeão, River Plate. Nas oitavas de final, venceu os dois jogos contra o Nacional-URU, avançando sem sustos.

Sem nenhuma derrota na campanha, a equipe dirigida por Odair Hellmann conta com uma arma bem conhecida do Flamengo.

Autor de quatro gols na Libertador­es (e 11 em um total de 19 partidas com a camisa vermelha), o peruano de 35 anos foi atleta do Flamengo de 2015 a 2018.

“É um jogador que faz a diferença no ataque. Tem muita força, segura bem a bola, chega à área e não fica nervoso. Sem dúvida, é um jogador mais perigoso. Então, é importante não deixá-lo entrar no jogo. Quanto menos tocar na bola, melhor”, disse o lateral esquerdo Filipe Luís, que o enfrentou pela seleção brasileira na Copa América.

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