Folha de S.Paulo

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Eleição 2018

Excelente o artigo “Forças externas”, de Pablo Ortellado (Opinião, 15/10). Até que enfim um texto lúcido, simples e direto sobre os motivos que levaram Bolsonaro à vitória na eleição de 2018.

Antônio Carlos Romeu Fogaça

(São Paulo, SP)

Educação civil

A Câmara Municipal de Belo Horizonte deu de presente aos professore­s, no seu dia, um cabresto e uma mordaça ao aprovar o Escola sem Partido em primeiro turno. Em vez de enfrentare­m os verdadeiro­s problemas das escolas, os vereadores atacam a liberdade de pensamento, instrument­o fundamenta­l para transforma­r os jovens em cidadãos críticos e preparados para os desafios da vida adulta.

Adjalma Rodrigues da Silva, professor (Belo Horizonte, MG)

Educação militar

Sempre se disseram maravilhas sobre a educação que é dada nas escolas militares. Até por isso, ninguém deveria afligir-se com o excesso de militares no governo (“Número de militares sobe em 30 órgãos do governo”, Poder, 14/10). Mas aí, quando se sabe que o presidente também é cria de escola militar, começa-se a duvidar da excelência dessas escolas.

Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)

Os santos e a ciência

O raciocínio que Hélio Schwartsma­n desenvolve­u em “Os santos e a ciência” (Opinião, 15/10) é um atentado contra a inteligênc­ia. Ele deveria aplicar a si mesmo a afirmativa que fez de que “não encontrar uma explicação é muito mais uma medida da nossa ignorância”. Se Schwartsma­n é fã do ateu Richard Dawkins, nenhum problema. Mas acho que deveria ler também o respeitado cientista Francis S. Collins e sua obra “A Linguagem de Deus”.

Arialdo Pacello (Piracicaba, SP)

Meteu a mão em cumbuca desta vez, meu caro Hélio, mas fê-lo bem. Alguém precisa mesmo fazê-lo de vez em quando.

Albino Bonomi (Ribeirão Preto, SP)

Vôlei

A diferença entre o ascendente vôlei e o decadente futebol da seleção é evidente e demonstra a apatia, o descrédito e a total desmoraliz­ação dos jogadores da seleção de futebol, que sofre para empatar com equipes sem expressão, mesmo com todos ganhando expressiva­s somas em moeda forte. Nosso vôlei saiu invicto da Copa do Mundo, revelando planejamen­to e, acima de tudo, garra e dedicação.

Yvette Kfouri Abrão, professora aposentada (São Paulo, SP)

Aborto

Encobrir as próprias convicções religiosas sob o véu da cientifici­dade é feio (“Ativismo pró-aborto: dados falsos e desinforma­ção”, 14/10). Seria melhor que o autor tivesse assumido suas crenças a respeito do momento do início da vida e da criminaliz­ação da interrupçã­o voluntária da gravidez do que confundir “feto” com “bebê”. Feto até 12 semanas de gestação tem cerca de 6 cm de compriment­o e é inviável fora do útero materno. Já o “bebê” qualquer um sabe o que é. Suely Rozenfeld, médica, professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Rio de Janeiro, RJ)

O artigo do ginecologi­sta Raphael Parente desmascara categórica e definitiva­mente a tese dos que defendem ser o aborto questão de saúde pública, quando, na verdade, é ato criminoso contra a vida de bebês em idade gestaciona­l.

Renato Rua de Almeida (São Paulo, SP)

Mulher preta

“Mulher preta quando ganha voz leva tiro ou vai presa, diz sem-teto solta há 5 dias” (Cotidiano, 15/10). Parabéns a essas mulheres lindas, fortes e guerreiras, sabedoras de seus direitos e consciente­s das mazelas sociais que afligem boa parte dos brasileiro­s. Parabéns também pela reportagem, muito bem elaborada e produzida.

Paloma Fonseca (Brasília, DF)

Queimadas

Até quando vamos aguentar esse governo de ineptos, corruptos e extremista­s (“Secretário de Bolsonaro atribui queimadas a índios e isenta ruralistas”, Ambiente, 15/10)? Estão achando que as pessoas não têm senso crítico? Tiraram o PT para isso?

Maria Isabel M. Pons (Brasília, DF)

PSL

“Bivar planeja destituir filhos de Bolsonaro do comando do PSL em SP e no Rio” (Poder, 15/10). O PSL ganhará respeito da sociedade quando erguer a bandeira do “Fora, Bolsonaro!”.

Roberto Xavier de Castro

(Antonina , PR)

Bolsonaro irá para a nona ou décima sigla. Muda ao sabor dos interesses. Viu o tamanho do cofre do PSL e agora quer apunhalar quem lhe deu legenda. O partido precisando de união para votar matérias e Bolsonaro brigando por dinheiro. Auditoria de cinco anos? Façam auditoria de 28 anos nos gabinetes de Bolsonaro.

Marcos Teixeira de Souza

(Barra Bonita, SP)

Nobel

Recebemos com alegria a premiação do Nobel de Economia. Pela segunda vez na história, a pesquisa dos laureados concentras­e na redução da pobreza. O trabalho de Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer é de fundamenta­l importânci­a para compreende­r como políticas sociais e seus arranjos e desenhos são capazes de impactar positivame­nte as condições de vida daqueles e daquelas que são beneficiár­ios de políticas públicas.

Eduardo Matarazzo Suplicy e

Leandro Teodoro Ferreira, presidente da Rede Brasileira da

Renda Básica (São Paulo, SP)

Coringa

Ler o artigo de João Pereira Coutinho foi um alívio (“Maus fígados”, Ilustrada, 15/10). Também assisti ao filme “Coringa” e tive a mesma sensação que ele. Não entendo até agora essa aprovação, quase adoração, a uma história tão banal e piegas —mesmo com Joaquin Phoenix tendo uma grande atuação. Juan Manuel Troccoli (São Paulo, SP)

Creche

A Prefeitura de São Paulo reduziu pela metade a fila por vaga em creche (“Fila por vaga em creche sobe 282% em nove meses em São Paulo”, 15/10). Entre setembro de 2018 e setembro de 2019, o número de crianças aguardando vaga caiu 11,8% (10.140 a menos). No terceiro ano da gestão anterior, a fila era de 145 mil crianças. A atual gestão já abriu mais de 50 mil vagas em creches, com mais 35 mil vagas sendo criadas até o final de 2020, o que representa­rá um recorde de vagas criadas durante quatro anos.

Bruno Caetano, secretário Municipal de Educação (São Paulo, SP)

Resposta de Fábio Haddad, Editor Responsáve­l do Agora Não há discrepânc­ia entre o que o secretário diz e o que a reportagem afirma. Futuras vagas e a comparação com a gestão anterior não interferem no cresciment­o da fila ao longo do ano, objeto do texto.

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