Combinação de resultados pode dar tri do Mundial de surfe para Medina
são paulo O brasileiro Gabriel Medina, 25, pode conquistar o tricampeonato mundial de surfe já na próxima etapa do circuito mundial, em Portugal. A janela de competições em Peniche começa nesta quarta-feira (16) e vai até o dia 28 de outubro. A primeira chamada d está prevista para as 4h (de Brasília).
Para garantir o título antecipado, Medina trabalha com dois cenários. Em ambos precisará alcançar ao menos a final, o que conseguiu em duas oportunidades nas oito etapas portuguesas que disputou até aqui na carreira.
Caso vença a etapa, Medina precisará torcer para que os compatriotas Filipe Toledo, 24, e Italo Ferreira, 25, não cheguem às quartas de final e à decisão, respectivamente.
Se for vice-campeonato, ele precisará que Filipe Toledo caia até a terceira fase e Italo Ferreira não chegue até as quartas. Além disso, o sul-africano Jordy Smith e o americano Kolohe Andino não poderão alcançar as semifinais para Medina garantir o título da temporada.
Campeão em 2014 e 2018, o paulista lidera a Liga Mundial com 48.015 pontos e tem uma vantagem considerável no ranking —que ainda não conta os descartes das duas piores etapas de cada surfista, considerados para o resultado final— para o segundo colocado, Filipe, que soma 45.730. Smith (43.515) e Italo (42.400) vêm na sequência.
A última etapa, em Pipeline, no Havaí, tem início marcado para 8 de dezembro.
O desempenho do bicampeão na reta final do circuito nos últimos cinco anos foi determinante para conquistar seus títulos. Contando as etapas de Portugal e Havaí, Medina só não ficou entre os oito primeiros três vezes.
O brasileiro venceu a prova portuguesa na temporada 2017. No ano passado, caiu nas semifinais (derrotado por Italo, que venceu a etapa) e garantiu o bicampeonato mundial ao ficar em primeiro em Pipeline.
Caso confirme o tri, Medina será o sexto surfista a somar ao menos três conquistas na história do circuito mundial de surfe profissional.
O primeiro foi o australiano Mark Richards, tetracampeão consecutivo de 1979 a 1982. O segundo foi o americano Tom Curren, com os títulos de 1985, 1986 e 1990.
Considerado o maior surfista de todos os tempos, o americano Kelly Slater, ainda na ativa aos 47 anos, tem 11 títulos mundiais eéo único campeão em cinco temporadas seguidas (de 1994 a 1998).
O havaiano Andy Irons (1978-2010) foi tricampeão com os títulos de 2002, 2003 e 2004. Último a conseguir o feito foi o australiano Mick Fanning, que venceu os Mundiais de 2007, 2009 e 2013.
Além da disputa pelo título, estão em jogo duas vagas brasileiras para a Olimpíada de Tóquio. No masculino, a tendência é que Medina assegure uma delas, e a outra deve ir para o vencedor da disputa entre Filipe e Italo.
Entre as mulheres, a havaiana Carissa Moore tem boas chances de assegurar o tetra já em Portugal. Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima deverão ficar com as vagas femininas do Brasil nos Jogos.
Transmissão Etapa de Portugal
A partir das 4h, ESPN e site da WSL