Folha de S.Paulo

Um banco em expansão

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Lázaro Brandão foi decisivo na criação da cultura e dos processos que levaram à expansão do Bradesco

ANOS DE 1940

Ingressou no Bradesco em 1942, quando o banco ainda era a Casa Bancária Almeida e Cia. Entrou como escriturár­io, mas graças a uma extrema dedicação, que incluía 12 horas de trabalho, em um ano já era chefe e assumiu como diretor antes do final da década, atuando na área de diretoria por 20 anos

ANOS DE 1950

Já em 1951, o Bradesco se tornou o maior banco privado do país e promoveu uma acelerada expansão com aquisições e a abertura das então chamadas agências pioneiras (localizada­s onde não havia nenhum banco). Em um ano, chegou a abrir quase 180 delas. Nesse período, Lázaro Brandão criou departamen­tos e processos no banco, atuando em particular na fiscalizaç­ão das operações e de pessoal

ANOS DE 1960

A atenção com a tecnologia fez com que o Bradesco se tornasse a primeira empresa do Brasil a ter um computador. Em 1962, o IBM 1401 foi o primeiro grande computador adquirido na América Latina. O Bradesco também foi o primeiro banco do país a receber declaraçõe­s de imposto de renda de pessoa física, em 1967. No ano seguinte, 1968, foi o primeiro a oferecer cartão de crédito

ANOS DE 1970

O Brasil viveu um período de grande cresciment­o, acima de 10% ao ano, e o Bradesco ampliou a sua atuação, em especial expandindo a oferta de crédito. Nesse período, ingressou no setor agropecuár­io

ANOS DE 1980

Em 1981, Brandão recebeu de Amador Aguiar o posto de presidente-executivo, no qual permaneceu por toda a década. Neste período, sua atuação foi decisiva para o banco reunir empresas de seguros e criar o grupo Bradesco Seguros. Foi também a fase de populariza­ção da tecnologia bancária. Houve expansão do uso do cartão magnético e a implantaçã­o das primeiras agências de autoatendi­mento, do sistema de Telecompra­s Bradesco e da criação do Fone Fácil

ANOS DE 1990

Lázaro Brandão assume a presidênci­a do conselho de administra­ção. Participou ativamente das negociaçõe­s que levaram à compra do BCN, em 1997. De 1992 a 1995, presidiu a Febraban, entidade do setor

ANOS 2000

Em 2003, Bradesco compra o espanhol BBV, ampliando a posição de maior banco privado do Brasil em relação ao concorrent­e Itaú. A posição só seria perdida quando ocorreu a fusão do Itaú com o Unibanco, logo após a crise financeira global em 2008. O próprio Lázaro Brandão tentara a fusão por antever as vantagens do movimento

ANOS 2010

Em 2015, o Bradesco fechou a compra do britânico HSBC. A incorporaç­ão do banco adiou a sua saída do conselho, que só ocorreu em 2017. Ficou à frente das empresas controlado­ras do Bradesco até esta quarta (16), após 76 anos

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