Folha de S.Paulo

Salles diz que não sabe a quantidade do produto que ainda existe no mar e pode surgir em praias

- Carlos Madeiro

maceió | uol O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quarta (16), em Maceió, que não é possível saber quanto ainda existe de óleo no mar nem como prever se novas manchas aparecerão no litoral nordestino.

Salles fez um sobrevoo nesta tarde sobre os litorais de Alagoas e Bahia para conferir as novas manchas de petróleo.

O óleo tem aparecido no litoral nordestino desde o dia 2 de setembro, sem que o governo e pesquisado­res consigam descobrir a origem e local do vazamento.

“Ao que tudo indica é o mesmo óleo [das novas manchas] que as correntes marítimas, a movimentaç­ão de marés, move e faz com que ele toque na costa e retroceda. Mas não sabemos quanto desse óleo está no mar. Então, ele toca na praia e a gente retira para evitar que ele volte ao mar”, disse.

“Se é óleo vazando do fundo do mar, não é do fundo do mar brasileiro, porque é venezuelan­o; ou seja, se tiver, está vindo de poço distante. A hipótese mais provável, mas não é a única, é que tenha vazado de um navio, seja durante transporte de um para o outro, seja uma avaria ou despejamen­to.”

Ainda segundo o ministro, é necessário o empenho de todos os órgãos dos governos federal, estadual e municipal para dar respostas ao desastre ambiental na região.

“Não é o município sozinho, o estado ou o governo federal que vai resolver o problema. Todos estão atuando juntos, como temos feito desde o dia 2 de setembro”, afirmou.

Sobre a visita desta quarta, ele afirmou que viu muitas manchas de óleo, como a grande que apareceu de terça para quarta, em Japarating­a (AL), e que as medidas estão sendo tomadas em todas as áreas.

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