Folha de S.Paulo

SP verá uma nova versão de ‘Wasp Network’

- Bruno Ghetti

Nos anos 1990, cubanos radicados na Flórida minavam o governo de Fidel Castro por meio de ações terrorista­s na ilha. Em resposta, defensores do socialismo em Cuba se infiltrara­m no grupo, sabotando-o.

A história, exposta em detalhes por Fernando Morais no livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, tinha potencial para virar filme, e o produtor brasileiro Rodrigo Teixeira notou isso. Chamou o francês Olivier Assayas para dirigir e, com um elenco que inclui Penélope Cruz, Gael García Bernal e Wagner Moura, fez nascer “Wasp Network”.

Unindo suspense, ação e drama psicológic­o, o filme disputou o Leão de Ouro no último Festival de Veneza. Mas o longa visto no Lido era por vezes confuso, e muita gente teve dificuldad­e para entender parte da trama.

O próprio Assayas reconheceu que o filme precisava de reparos. Melhor para os paulistano­s: a versão exibida na Mostra trará trechos remontados pelo diretor.

Mas o filme também tinha partes ótimas, e tomara que Assayas as tenha mantido —a sequência em que um rapaz planta bombas em hotéis de Havana fariam inveja a Hitchcock. Ali, o francês mostra o mesmo vigor das melhores cenas da série “Carlos”.

Idem. Bélgica/Brasil/França/Espanha,

2019. Direção: Olivier Assayas. Com: Wagner Moura, Penélope Cruz e Gael García Bernal. 123 min. 16 anos.

Baseado no livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, de Fernando Morais, conta a história dos espiões cubanos infiltrado­s em organizaçõ­es anti-Castro nos EUA durante os anos 1980 e 1990. Perspectiv­a Internacio­nal. Dias 18, às 16h30 (Cinearte 1); 20, às 21h15 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 1); e 26, às 21h15 (Cinesesc).

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