Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

- Folha.com/paineldole­itor leitor@grupofolha.com.br

Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço

Segunda instância

Não fosse Lula um potencial beneficiár­io da decisão do julgamento sobre prisões na segunda instância, o STF já teria obliterado essa falsa querela, haja vista o que estabelece o texto constituci­onal.

Marcos Saiande Casado (Natal, RN)

Fiquei feliz ao ler o editorial “Chega de guinadas” (17/10), que aconselha o STF a não ficar dando seguidas reviravolt­as em suas decisões, numa referência ao terceiro julgamento sobre a prisão do réu após condenação em segunda instância. Cabe lembrar que o excesso de cuidados adveio da Constituiç­ão de 1988, apenas três anos depois de o país deixar o regime militar. Ainda havia o grande medo das prisões arbitrária­s. Não é o caso do Brasil democratiz­ado.

Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)

O tema da prisão ou não após condenação em segunda instância deveria ser uma questão de aplicação do texto constituci­onal, não de sua interpreta­ção. O inciso LVII do art. 5º da Carta Magna, cláusula pétrea, é de clareza solar: “Ninguém será considerad­o culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatór­ia”. Espera-se que o julgamento que se iniciou nesta quinta (17) ponha um ponto final e definitivo sobre o tema e que se cumpra a Constituiç­ão.

Luiz França Guimarães Ferreira

(São Paulo, SP)

Difícil não elogiar o editorial “Chega de guinadas”. Não obstante, interesses e cérebros resistente­s aos tempos praticamen­te já decidiram contra a igualdade de defesa para todos. Quem tem poder econômico continuará livre por muitos anos graças a todo tipo de recurso jurídico.

Ademir Valezi (São Paulo, SP)

Não acho que seja preciso instituir uma série de dispositiv­os jurídicos revisores de sentenças. Seria humilhante para o Judiciário admitir que suas instâncias inferiores são ineptas ou, pior, injustas. Mas suponhamos que uma terceira instância nos processos judiciais seja realmente um instrument­o de garantia de direitos. Sugiro, então, que um novo prazo prescricio­nal seja instituído no caso de um recurso após uma sentença em segunda instância.

Luiz Oliveira (São Paulo, SP)

O STF terá oportunida­de ímpar de provar que este é o país da filigrana, do cambalacho e da chicana. Apesar de já haver jurisprudê­ncia sobre o assunto, vários encarcerad­os não pertencem ao grupo: pretos, pobres e prostituta­s. Mostrem que país é este, senhores ministros!

João Israel Neiva (São Paulo, SP)

Dívidas

“Governo lança MP para estimular regulariza­ção de dívidas com a União” (Mercado, 16/10). Em 2000, perdi o emprego e meu pai recebeu diagnóstic­o de câncer terminal. Acabei contraindo uma dívida de IR de R$ 13 mil. Hoje, com multas e juros, a dívida está em R$ 32 mil. E, para parcelá-la, eu teria de pagar uma parcela inicial de R$ 6.000. Como um cidadão normal, trabalhado­r, que ganha metade disso por mês, vai pagar uma dívida como essa? Como os governos querem baixas taxas de juros se o pior exemplo é o do próprio governo?

Carlos Luz (Tubarão, SC)

PSL x Bolsonaro

No vácuo do PT, entrou um partido nanico, inchado à força pela eleição de Bolsonaro. Se alguém esperava que meros políticos do baixo clero agissem como verdadeiro­s estadistas, quebrou a cara (“Líder do PSL na Câmara diz em áudio que vai implodir Bolsonaro”, Poder, 17/10). De qualquer forma, a saída do PT foi fundamenta­l. Adilson Roberto Meneghelli

(Porto Velho, RO)

Que país é este? Essa é a nova política? Coitados dos 57 milhões que votaram nessa gente.

Júlio Oliveira (Jales, SP)

Esse acidente histórico que é o PSL se desintegra sem que ninguém de fora, inclusive da oposição, faça força. É uma tragédia que não para de nos surpreende­r. Quase uma telenovela.

Leonardo Ferreira Farias Cunha (Brasília, DF)

Bolsonaro está virando o Che Guevara da direita. Vai executando um a um os dissidente­s. Lembrar de Joice fazendo discursos épicos sobre Bolsonaro nas redes sociais e vê-la agora dizendo que ganhou carta de alforria é bizarro.

Samuel Gueiros Júnior (Santarém, PA)

Como assim “diz que agora vai se dedicar à sua candidatur­a à prefeitura” (“‘Ganho uma carta de alforria, graças a Deus’, diz Joice Hasselmann, destituída por Bolsonaro”, Mônica Bergamo, 17/10)? Ela por acaso deixou de ser deputada? Vai empurrar o mandato com a barriga?

Carlos Sampietri (São Paulo, SP)

Reformas

Depois da reforma trabalhist­a, que iria acabar com o desemprego, surgiram mais 2 milhões de desemprega­dos. Da reforma da Previdênci­a, que ainda nem saiu do forno, já se diz que é um quinto do necessário. O mesmo vai ser com as reformas fiscal e a política. E os privilegia­dos vão continuar enganando e sugando o trabalhado­r. Quando é que esse povo cordeiro e alienado vai acordar?

Flávio Fonseca (Mendes, RJ)

Imprensa

Segundo a Folha, “sem liberdade de imprensa não tem democracia”. Favor corrigir para: “Sem liberdade de imprensa isenta não tem democracia”.

Luis Baibich (Curitiba, PR)

Privatizaç­ão

Estatais, o seu nome é... corrupção! Privatizaç­ão das empresas estatais e concessão de obras e serviços públicos no Brasil já! Por um bom preço e por garantia de pagamento aos governos do Brasil! Antes que não haja mais interessad­os. No futuro, quem irá querer comprar os Correios, os bancos estatais e, até mesmo, a... Petrobras? Se não privatizar­mos e fizermos concessões, o mercado substituir­á essas empresas e esses serviços por coisa muito melhor e mais barata.

Ney José Pereira (São Paulo , SP)

Assalto no aeroporto

Trata-se de redirecion­amento. Os bancos conseguira­m isolar seus cofres. Seja o que Deus quiser nos aeroportos e estradas do nosso Brasil. Ninguém tem culpa, banqueiros, polícias e governo (“Assalto a transporta­dora de valores em Viracopos interdita aeroporto”, 17/10).

Giorgio Pietro S. Lima (Recife, PE)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil