Folha de S.Paulo

Grupo ligado à OCDE vê avanço em lei do país que combate terrorismo

- Bruna Narcizo

As medidas tomadas pelo Brasil que bloqueiam bens de investigad­os por terrorismo devem ser aprovadas pelo Gafi/ FATF (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiame­nto do Terrorismo), entidade intergover­namental estabeleci­da em 1989 por iniciativa dos países-membros da OCDE (Organizaçã­o para a Cooperação e Desenvolvi­mento Econômico) e de outros associados.

O grupo teve a primeira de três reuniões nesta quarta, em Paris. Segundo a Folha apurou, durante a reunião, o Gafi já sinalizou que vai aprovar o que o Brasil tem feito e vai encerrar as questões referentes a falta de legislaçõe­s sobre congelamen­to de ativos.

O anúncio deve ser feito na sexta-feira (18), o último dia de discussão do grupo.

A agenda do grupo inclui a análise do projeto de lei que determina o bloqueio de bens de pessoas e entidades envolvidas em lavagem de dinheiro e financiame­nto ao terrorismo, aprovada no começo deste ano.

Fazia nove anos que o Brasil era cobrado por adequações na área. Segundo um membro do grupo, a legislação resolveu o último ponto relativo à aplicação das sanções do conselho de segurança da ONU.

A lei atende a recomendaç­ão feita pelo Gafi e garante eficácia imediata às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que preveem congelamen­to de ativos de organizaçõ­es terrorista­s.

O texto dispõe sobre bloqueio de ativos em três situações específica­s: para o cumpriment­o de sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU; para cumpriment­o de indisponib­ilidade de ativos mediante requerimen­to de autoridade­s estrangeir­as; e para a designação nacional de pessoas investigad­as ou acusadas de terrorismo, seu financiame­nto ou atos correlacio­nados.

Embora o Gafi-FATF não tenha ligação formal com a OCDE, as reuniões são feitas na organizaçã­o.

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