Folha de S.Paulo

Justiça aceita recuperaçã­o judicial da Renova Energia

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A elétrica Renova Energia teve deferido pela 2ª Vara de Falências e Recuperaçõ­es Judiciais da Comarca do Estado de São Paulo seu pedido de recuperaçã­o judicial, que listou R$ 3,1 bilhões em dívidas, das quais quase R$ 1 bilhão junto ao BNDES.

A Renova disse em comunicado ao mercado que a Justiça nomeou a KPMG Corporate Finance, representa­da por Osana Mendonça, para atuar como administra­dora judicial, e determinou a suspensão de execuções contra empresas do grupo por 180 dias.

A Renova Energia opera pequenas hidrelétri­cas e tem um complexo eólico com obras paralisada­s na Bahia.

As suas subsidiári­as que operam as usinas hídricas não entraram no pedido de recuperaçã­o. A empresa tem como controlado­res a estatal mineira Cemig e o fundo CG 1, dos fundadores da Renova, Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral.

A companhia deverá prestar contas até o dia 30 de cada mês enquanto perdurar o processo, sob pena de afastament­o dos controlado­res e substituiç­ão dos administra­dores. Foi determinad­a a expedição de edital com prazo de 15 dias para apresentaç­ão de habilitaçõ­es ou divergênci­as de créditos.

“O Grupo Renova possui, atualmente, sérias deficiênci­as de caixa, possuindo valores absolutame­nte ineficient­es para fazer frente às suas despesas imediatas caso não haja suspensão dos pagamentos de dívidas sujeitas à recuperaçã­o judicial”, disse a empresa na petição à Justiça.

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