Folha de S.Paulo

Quero inocência, não essa discussão, diz ex-presidente

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“Não estou reivindica­ndo essa discussão de segunda instância. Não estou interessad­o nisso. Estou interessad­o na minha inocência”.

A declaração é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista ao UOL na sede da Polícia Federal, em Curitiba, na quarta (16).

Condenado por corrupção passiva e lavagem no caso do tríplex de Guarujá pelo então juiz federal Sergio Moro com sentença confirmada em segunda (TRF) e terceira instâncias (STJ), Lula é o caso mais famoso que poderia se beneficiar de uma possível mudança de entendimen­to do STF.

Mas não é a saída que ele diz desejar. “Quero que os ministros tenham acesso à verdade do processo e anulem. Se vai ser um ano a mais ou a menos, se vou ficar aqui ou em outro lugar, não importa.”

Ele aplica o mesmo raciocínio para refutar a ida ao regime semiaberto, recomendad­a pela Lava Jato no fim do último mês. “Não quero progressão da pena, quero a minha inocência”, afirma.

Também nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu, nas redes sociais, a prisão após condenação em segunda instância.

“Aos que questionam, sempre deixamos clara nossa posição favorável em relação à prisão em segunda instância”, escreveu. Mais tarde, a publicação foi apagada.

O filho do presidente Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), vereador no Rio, disse que havia escrito o tuíte sem autorizaçã­o do presidente e pediu desculpas.

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