País aposta no uso intensivo de tecnologia
Inovação foi a palavra mais ouvida durante a visita da comitiva brasileira a Singapura. Tanto a PSA (operadora do porto) como a MPA (autoridade portuária) mantêm incubadoras e aceleradoras de startups que desenvolvem soluções para a administração de portos.
A PSA Unboxed existe há dois anos e investe US$ 40 milhões em ideias que vão moldar o porto do futuro ou porto 4.0, com muita automação, operações orquestradas, inteligência artificial e internet das coisas, sem esquecer da sustentabilidade. No MPA Innovation Lab, a pretensão é encontrar um novo Steve Jobs voltado para os portos, numa referência ao criador da Apple.
A MPA criou ainda, em conjunto com a Universidade Nacional de Singapura, o Pier71, também visitado pela comitiva brasileira. A função do Pier71 é estreitar as relações entre companhias marítimas e startups de tecnologia, permitindo que elas acelerem e ganhem escala.
Entre as soluções desenvolvidas estão ferramentas para facilitar transações financeiras, melhora na utilização de berços, otimização da mão de obra, rastreamento de contêineres e cibersegurança. “Eles põem em prática uma verdade que está muito clara para nós. A indústria portuária não será eficiente sem o uso muito intensivo de tecnologia”, afirmou durante a visita Angelino Caputo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra).