Folha de S.Paulo

Nova cartada

- DanielaLim­a painel@grupofolha.com.br com Mariana Carneiro e Julia Chaib

A equipe econômica corre para arrematar os detalhes do pacote de promoção do emprego que será lançado pelo governo. Motivo: o Planalto quer apresentar as medidas para responder à elevada taxa de desocupaçã­o, um dos principais gargalos do país, no dia 1º de novembro, quando Jair Bolsonaro completará 300 dias de administra­ção. Pelo desenho que está na mesa, o programa será composto por 15 ações voltadas para diferentes públicos, desde jovens até empresário­s.

receituári­o

Além de medidas para estimular o primeiro emprego, ampliar a concessão de microcrédi­to e a reabilitaç­ão de profission­ais, há previsão de proposta que permita que empresas acessem recursos bloqueados em depósitos judiciais desde que apresentem fiança bancária.

fermento

Sócomessaú­ltima jogada, o time de Paulo Guedes (Economia) estima que cerca de R$ 65 bilhões voltariam a circular na economia.

passei por aqui

Auxiliares de Guedes começaram a discutir uma proposta de mudança profunda na lei de desestatiz­ações. A ideia é deixar o novo marco como uma espécie de legado da gestão atual.

pesque e pague

Os estudos ainda estão em estágio embrionári­o, mas a intenção é alterar o status das estatais, que passariam todas a serem considerad­as como passíveis de venda. Para que permaneces­sem sob o controle do governo, seria preciso justificar sua eficácia enquanto empresas públicas.

meu tempo é quando

O plano inverte a lógica atual —hoje é preciso autorizaçã­o do Congresso caso a caso para privatizar. A avaliação da necessidad­e de manutenção do mando público sobre as empresas seria feita a cada dois anos nas estatais dependente­s do Tesouro Nacional.

com garfo e faca

O divórcio litigioso do presidente Jair Bolsonaro da direção de seu partido, o PSL, fez líderes de centro apostarem num governo cada vez mais escorado em duas legendas: o MDB, para a articulaçã­o política, e o DEM, que controla a cúpula do Congresso.

era doce e se acabou

Outra aposta que se consolidou em Brasília é a de que a briga no PSL acabou liquidando as chances de a legenda repetir em 2020, nas eleições municipais, o desempenho que teve em 2018, quando promoveu um “tsunami de direita”.

para cima

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) já elaborou a representa­ção por quebra de decoro parlamenta­r que entregará ao Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro, líder do PSL.

para cima 2

Joice alegará que o deputado fez “ataques sujos e preconceit­uosos”, a difamou e acionou uma “gangue virtual” para atacá-la. Recentemen­te, Eduardo disse que a parlamenta­r está “tresloucad­a” e “caindo no ridículo”.

vida real

A Defensoria Pública do Rio vai intensific­ar na próxima semana campanha de combate à afirmação de que o eventual fim da prisão em segunda instância não afetará os mais pobres. O órgão mira, principalm­ente, ministros do Supremo que se apoiaram em tal argumento.

meu caminho

“A gente quer quebrar o mito de que o STF é elitizado, como se os processos que tramitam na corte fossem só de colarinho-branco e nenhuma ação da defensoria chegasse lá”, diz Pedro Carriello, defensor público do Rio.

pela ordem

Algumas peças da campanha estão prontas. Elas destacam que “defensoria­s têm ótima taxa de êxito no julgamento dos tribunais superiores” e questionam: “se todos são inocentes até que se prove o contrário, como existem mais de 300 mil pessoas presas sem condenação?”.

logo ali

Condenado pelo STF a 14 anos e 10 meses de prisão, Geddel Vieira Lima pode progredir de regime por ter cumprido 1/6 da pena antes do Carnaval de 2020. Ele foi preso preventiva­mente em setembro de 2017, tendo cumprido, portanto, quase 25 meses de pena antes do veredito.

o que ela uniu

“Irmã Dulce, a Santa dos Pobres”, de Graciliano Rocha, produziu um quase milagre. O tucano José Serra (SP) posou com o livro nas mãos ao lado da mulher de Jaques Wagner, Fátima Mendonça, que também carregava um exemplar da obra.

A hipótese de um delegado deixar o caso por receio de perseguiçã­o é muito ruim. Precisamos de transparên­cia

Do deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), sobre o pedido do delegado que investiga o laranjal do PSL em Minas para mudar de área

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