Atividades extras ajudam na formação do aluno
Fora da grade curricular obrigatória, escolas oferecem aulas de esportes, idiomas e artes
O objetivo tem de ser a necessidade da criança, e não simplesmente cumprir horário
Patrícia Martins Nogueira diretora pedagógica geral da Rede Pentágono
Cada escola tem uma grade curricular obrigatória, mas muitas instituições investem cada vez mais em atividades extracurriculares, oferecendo aulas de idiomas, prática de esportes e ensino de teatro e ioga.
“Nós acreditamos que essas atividades também compõem a formação do indivíduo”, afirma Patrícia Martins Nogueira, diretora pedagógica geral da Rede Pentágono.
“Existe também uma demanda das famílias para que os alunos permaneçam mais tempo nas escolas. A questão financeira conta, porque fica mais barato deixar a criança fazendo essas atividades na escola do que matriculá-la em outros locais.”
Fora do horário obrigatório de aulas, o Pentágono oferece atividades como inglês, futebol, basquete, vôlei, balé e coral.
Mas é preciso prestar atenção para que os alunos não fiquem sobrecarregados.
“É necessário um olhar cuidadoso e individualizado. Tem aluno que gosta de participar de muitas atividades, mas outros se cansam. O objetivo deve ser a necessidade da criança, e não simplesmente cumprir horário, completar uma agenda. Em época de provas, eles precisam de tempo para estudar”, diz Patrícia.
No colégio Rio Branco, essas atividades são chamadas de cursos livres. “Elas despertam talentos e vocações que as crianças não conhecem. Oferecemos aulas de tecnologia, teatro, música, esporte. Vamos construindo possibilidades para as crianças descobrirem novos talentos”, explica Esther Carvalho, diretora-geral do colégio Rio Branco.
Esther diz que é importante que as crianças vivenciem uma rotina organizada e que elas tenham hora também para ficar sem fazer nada.
Mas como escolher a atividade? “Num primeiro momento, podem-se experimentar diferentes atividades. À medida que vão amadurecendo, as crianças fazem as escolhas. No início, explora-se um pouco de cada um: arte, esporte, tecnologia”, diz Esther. “É comum que os pais de uma criança mais tímida a coloquem no teatro, para que ela deixe de ter um pouco dessa característica.”