Folha de S.Paulo

Deu para ti

- Daniela Lima painel@grupofolha.com.br

Ministros incomodado­s com o novo assédio ao STF publicado —e depois apagado— nas redes de Jair Bolsonaro acionaram o presidente da corte, Dias Toffoli. Uma ala do tribunal afirma que a atitude leniente com excessos da família que hoje ocupa o Planalto não é produtiva em “um sistema de responsabi­lidades, porque não educa”, e prega que é preciso cobrar o mandatário pelas mensagens enviadas em seu nome. Toffoli manteve posição que lhe é cara: botou panos quentes na polêmica.

o que se planta... A publicação do vídeo no qual Bolsonaro é retratado como um leão atacado por hienas, entre elas o Supremo, detonou as insatisfaç­ões. Integrante­s do tribunal avisaram que não é a primeira vez que a corte é alvo da família presidenci­al.

...nasce O episódio em que Eduardo Bolsonaro disse que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF foi lembrado. Ministros ressaltara­m que esse discurso alimentou a narrativa de militantes bolsonaris­tas contra a corte.

sujeito oculto Reservadam­ente, ministros atribuem a publicação a Carlos Bolsonaro. Dizem, porém, que a responsabi­lidade é do pai, não só sobre a conta, mas sobre o teor do que é postado nela.

decifra-me Irritou parte do STF a nota, assinada pelo procurador-geral, Augusto Aras, nesta segunda (28), informando que finalmente o MP obteve acesso ao inquérito das fake news. A abertura ocorreu em 26 de abril e procurador­es já até fizeram cópia do processo, mas Aras não citou esse dado.

fala o que quer O Tribunal de Contas da Contas da União chamou sessão secreta entre os ministros para discutir mensagens trocadas entre o procurador de contas Julio Marcelo e o coordenado­r da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A conversa foi revelada pela coluna Radar, da Veja.

fala o que quer 2 No diálogo, Marcelo aponta suspeitas contra diversos integrante­s da corte à que serve. Já é dado como certo que ele será acionado judicialme­nte para responder sobre as acusações que fez à Lava Jato.

que hora Em privado, aliados do prefeito de SP, Bruno Covas, externam profunda consternaç­ão com o quadro de saúde dele. O diagnóstic­o de câncer pode obrigar o partido a rever os planos —Covas havia montado uma maratona de entregas para turbinar a campanha à reeleição.

será que vai Ministros e exintegran­tes do TSE acreditam que seria muito difícil Jair Bolsonaro e seu grupo criarem um novo partido a tempo das eleições municipais. Para participar do pleito, a sigla precisaria ter o registro aprovado na corte eleitoral até abril de 2020, ou seja, em seis meses.

será que vai 2 Bolsonaro disse que a saída para a crise com o PSL poderia ser uma nova legenda. Ministros alertam, porém, que a primeira etapa, de coleta de cerca de 500 mil assinatura­s, é demorada e, caso haja questionam­ento, a tramitação pode se arrastar.

reflexos O ex-ministro Gilberto Kassab levou seis meses entre o anúncio de criação do PSD e a aprovação no TSE, em 2011. Mas aliados lembram que ele iniciou muito antes a busca de apoio para fundar a legenda. De lá para cá, a lei também ficou mais rígida.

contrata-se O posto de diretor do FMI (Fundo Monetário Internacio­nal) representa­do pelo Brasil está vago desde o mês passado, quando o expresiden­te do Banco Central Alexandre Tombini mudou-se para o BIS (Banco Internacio­nal de Compensaçõ­es).

tecla sap Ex-chanceler, Rubens Barbosa avalia ser cedo para cravar a reviravolt­a da esquerda no continente após a eleição argentina. Sua leitura é a de que a insatisfaç­ão no Chile, Bolívia, Equador, Argentina e no Uruguai se deve à piora nos serviços públicos gerada pelos desequilíb­rios fiscais.

visitas à folha A ex-presidente Dilma Rousseff visitou a Folha nesta segunda-feira (28). Estava acompanhad­a de Olímpio Cruz Neto, consultor em comunicaçã­o.

Evandro Gussi, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), visitou a Folha nesta segunda (28). Estava acompanhad­o de Annamaria Bonanomi, relações públicas da Unica, e Daniela Trolesi Martins, assessora de imprensa.

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