Folha de S.Paulo

Relógio e fone compensam venda menor de iPhone

- Tradução de Paulo Migliacci

san francisco | financial times A Apple ofereceu aos céticos alguma prova de que poderá prosperar em um futuro no qual o iPhone tenha menos importânci­a e apresentou projeções otimistas para a temporada de festas.

A gigante da tecnologia anunciou nesta quarta (30) receita de US$ 64 bilhões em seu quarto trimestre fiscal, 2% acima do mesmo do período em 2019, apesar da queda nas vendas do iPhone e dos computador­es Mac. O resultado ficou acima da projeção de Wall Street, de US$ 62,9 bilhões.

O lucro líquido, no entanto, caiu 3%, para US$ 13,7 bilhões.

Tim Cook, presidente-executivo da companhia, definiu o trimestre como “um marco histórico” e disse que a receita foi “beneficiad­a pela aceleração nas divisões de serviços, produtos vestíveis e iPad”.

A Apple projetou receita otimista entre US$ 85,5 bilhões e US$ 89,5 bilhões para a temporada de festas, baseada na linha renovada de iPhones, no Apple Watch Series 5 e nos novos fones de ouvido sem fio AirPod Pro, com sistema de bloqueio de ruído.

As vendas do iPhone caíram 9%, para US$ 33,4 bilhões, mas a proporção do produto no faturament­o total subiu a 52%, enquanto no trimestre anterior ela caíra abaixo dos 50% pela primeira vez desde 2012.

O declínio nas vendas de iPhone foi compensado por ganhos em todas as demais categorias, com destaque para o cresciment­o de 54% da divisão de produtos vestíveis, que abarca relógios e fones de ouvido. A divisão faturou US$ 6,5 bilhões no trimestre.

A divisão de serviços, a segunda maior em faturament­o e que inclui o iCloud e o Music, atingiu o recorde de US$ 12,5 bilhões —alta de 18%.

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