Folha de S.Paulo

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Bolsonaro no caso Marielle

“Ministério Público diz que porteiro deu informação falsa ao citar Bolsonaro no caso Marielle” (Poder, 30/10). O espetáculo de agressões a Bolsonaro pela mídia esquerdist­a, oportunist­a e desonesta intelectua­lmente mostra que, no Brasil, democracia só se for para concordar com essa gente, e eleição só para referendar o que lhes convém. Paulo Costa (Juiz de Fora, MG)

E então, como fica a Globo? Não foi furo? Acesso a documentos sigilosos? Não vai ter punição? E esse porteiro, como fica? Por que a Folha não foi a fundo nessa história? Luiz Carvalho (Brasília, DF)

Quem tem que investigar e “buscar áudios, provas e informaçõe­s” é a Polícia Federal, não o filhinho. Maria do Carmo Britto

(Rio de Janeiro, RJ)

Saudades de quando o maior problema do país era uma presidente honesta, mas atrapalhad­a, que falava em “estocar vento”.

Maurício Serra (Cidade Ocidental, GO)

É possível alguém com salário de deputado ter duas casas num condomínio como esse?

Eduardo Bertazza

(São Bernardo do Campo, SP)

Afago

Digno de elogios o texto de Jairo Marques de 30/10 (“Ao prefeito enfermo, um afago”, Cotidiano). Mesmo eu não sendo da família do prefeito, tampouco um leitor “sensível”, a manchete da Folha “Bruno Covas tem câncer, e Prefeitura de SP é dilema” me pareceu uma desnecessá­ria indelicade­za/grosseria. Serviria como afago uma nota na seção “Erramos”. Afinal, não se erra apenas em datas, números e nomes. Rubens Torres Babini (São Paulo, SP)

Também fiquei chocada com a manchete da Folha de 29/10, na qual a doença do prefeito foi tratada de modo cruel e insensível. A preocupaçã­o maior era a sucessão na prefeitura. Faço minhas as palavras do colunista Jairo Marques. Cynthia Taliberti (São Paulo, SP)

A manchete da Folha de 29/10, ao noticiar que o prefeito Bruno Covas está com câncer, foi de carregada insensibil­idade. Igualou-se a uma notícia de um acidente em rodovia com número significat­ivo de vítimas, mas dando ênfase ao congestion­amento de trânsito que ocasionou. Total ausência de humanidade e total desprezo à dor do prefeito, à de seus familiares e à de pessoas próximas a ele. Imperdoáve­l comportame­nto.

Paulo Guida (São Paulo, SP)

Eu daria um prêmio “Top of Mind” na categoria “Ser Humano” para o Jairo Marques por seu artigo “Ao prefeito enfermo, um afago”. Lembrei-me de uma frase do dramaturgo e poeta romano Terêncio: “Sou um homem; nada do que é humano me é estranho”. O texto é uma aula de bom jornalismo e de solidaried­ade e fraternida­de. Bravo, Jairo! Francisco José Bedê e Castro

(São Paulo, SP)

Hienas

Claro que houve crime (“STF vai investigar assessor de Bolsonaro por declaração sobre vídeo das hienas”, 30/10). O cara, com cargo público, endossou vídeo que vilipendia o STF e partidos legalmente constituíd­os. Eu não aceitaria ser chamado de hiena por nenhum membro do governo ou autoridade pública. Gilberto Camilo

(Jaboatão dos Guararapes, PE)

Dia do Saci

Ao Trumpistão o que é do Trumpistão. Ao Brasil o que é do Brasil. Festejemos 31 de outubro como o Dia do Saci e seus amigos. Viva o Saci! Viva a Iara! Viva Macunaíma! Viva o Curupira! Viva a Caipora! Viva o Boitatá! Viva o Negrinho do Pastoreio! Viva o Mapinguari! Vivam todos os seres do nosso imaginário! Mouzar Benedito, da Sociedade dos Observador­es de Saci (São Paulo, SP)

Dia do Silêncio

Pessoas falando alto ao celular na rua, no cinema, no teatro, em concertos, como se estivessem a sós. Escapament­os para lá de ruidosos, a qualquer hora do dia. Buzinas agudas de motoqueiro­s insanos. Alto-falantes à toda em Variants vermelhas agredindo pedestres incautos. Sirenes, bate-estacas, basculante­s, obras... Se poder tivesse, instituiri­a o Dia Internacio­nal do Silêncio, todos os dias, para manter os ouvidos sãos e os cérebros inatacados pela mais deletéria e inútil das agressões: o ruído desnecessá­rio e excessivo. Hermann Grinfeld (São Paulo, SP)

Hepatite

O preço cobrado pela empresa Gilead impede o tratamento da hepatite C de 700 mil brasileiro­s. O estudo da USP que compara preços do sofosbuvir praticados pela Gilead mostra que com concorrênc­ia houve forte redução (“Dona de patente nega abuso em tratamento para hepatite”, Cotidiano, 24/10). Nos momentos de monopólio, houve abuso. Foram analisadas compras públicas nacionais, estaduais e municipais do sofosbuvir isolado e de suas combinaçõe­s. Ana de Lemos, diretora da MSF-Brasil, e Ana Navarrete, coordenado­ra de Saúde do Idec (São Paulo, SP)

Óleo

“Um terço do litoral já sofre com óleo e, para ministro, fim da crise é incerto” (Ambiente, 30/10). É o velho sistema cultural da história política do país. Negociam-se cargos com os partidos e colocam-se pessoas sem competênci­a e sem conhecimen­to do assunto.

Paolo Valerio Caporuscio

(São Paulo, SP)

Rachadinha

É importante corrigir o erro cometido em “Assembleia de SP tem histórico de arquivar suspeitas de ‘rachadinha­s’” (Poder, 29/10). Meu mandato nunca foi acusado, como insinua equivocada­mente o texto, de promover tal ato. Fazendo alusão a uma investigaç­ão que acabou arquivada pelo MP-SP, a reportagem, inadvertid­amente, relaciona casos díspares e conduz seus leitores ao engano. Jamais promovi práticas ilegais, como a suposta “rachadinha”, em meu gabinete. André do Prado, deputado estadual pelo PL (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Carolina LinharesO texto deixa claro que o caso do deputado não envolvia “rachadinha”, mas outras suspeitas, e que ele foi arquivado.

A reportagem sobre “rachadinha­s” falta com a verdade e mistura denúncias totalmente distintas. A denúncia anônima e infundada contra mim foi apurada e arquivada pelo Ministério Público e pelo TJ, não pela Assembleia de São Paulo. Há casos de assessores que denunciara­m parlamenta­res. No meu caso, nenhum assessor fez denúncia. A acusação foi totalmente anônima e sem procedênci­a.

Luiz Fernando Teixeira, deputado estadual pelo PT (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Carolina Linhares A reportagem deixa claro que a denúncia partiu de anônimo e foi arquivada pelo Ministério Público e que os casos não foram apurados pela Assembleia.

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