Folha de S.Paulo

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Moro x Lula

Quanto mais detalhes desta sórdida história são revelados, mais revolta ela causa (“Moro contrariou padrão ao divulgar grampo de Lula, indicam mensagens”, Poder, 24/11). Percebe-se aqui como age a Justiça brasileira, na base do corporativ­ismo. Moro não teria ido tão longe se não houvesse a conivência de seus colegas de toga. E, num país sério, já teria sido punido. Mas é o Brasil, onde se manda para a cadeia quem quer mandar e se mantêm de fora tantos outros bandidos.

Marli Moras Garcia (Vitória, ES)

O Lula de fato levou, juntamente com outros políticos, o país à falência. Mas Moro, na ânsia de prendê-lo, atropelou os limites da Justiça e, agora, com Lula solto, sofre as consequênc­ias disso. Moro não é herói, nem Lula é honesto.

Luis Fernandes (Petrópolis, RJ)

Sergio Moro agiu certo, como juiz e cidadão. O que Lula e Dilma estavam fazendo teria impacto em toda a nação. É bem diferente de um investigad­o qualquer, sem esse poder.

Evandro Loes (Timbó, SC)

Continua a campanha requentada contra a Lava Jato e Moro. Realmente é uma lástima a linha editorial deste jornal.

Ostilio dos Santos (São Paulo, SP)

PT e polarizaçã­o

Um punhado de condenados e excondenad­os que dizem que “vão consertar” o país. Roubaram tudo que viram pela frente e ainda acham que são a solução. Lula precisa oportuniza­r outros. Já deu. É um discurso que nunca muda (“Lula prega polarizaçã­o e afirma que ‘não dá para ficar no meio do caminho’”, Poder, 23/11).

Marcelo Temistocle­s De Albuquerqu­e (Rio de Janeiro, RJ)

Isso só prova que Lula e Bolsonaro são feitos da mesma matéria. Seus egos são muito maiores que seus interesses pelo bem do povo. Rogério Fonseca (São Paulo, SP)

O PT é a única sigla, neste momento, capaz de fazer oposição sistemátic­a ao avanço de políticas de extrema direita no país. Não há que haver diálogo com um governo desprovido de ideiais em prol do Estado de bem-estar social. Os tempos são outros. E, com certeza, veremos uma exaltada e agressiva polarizaçã­o. Nada cordial nem respeitosa.

Marcelo Rebinski (Curitiba, PR)

Ministro da Educação

Após ler a matéria na Folha sobre o ministro da deseducaçã­o, Abraham Weintraub, vejo um túmulo com a inscrição “aqui jaz a educação do Brasil” (“Nas redes sociais, Weintraub mira PT, esquerda e imprensa”, Cotidiano, 23/11). Nunca imaginei que um dia em nosso país teríamos um ministro da Educação de tão baixo nível e tão deprimente.

Henrique Ventura dos Reis

(Rio de Janeiro, RJ)

Abraham Weintraub desrespeit­a a história do ministério da Educação, a memória dos grandes mestres, a atual geração de professore­s, diretores de escola, pesquisado­res em educação e reitores de universida­des. De uma maneira geral, todos aqueles envolvidos com educação e cultura. São estarreced­oras as informaçõe­s divulgadas no texto.

Renata Rossini (São Paulo, SP)

38

(“Bolsonaro diz que 38 de sigla não se refere a arma”, Poder, 24/11) Então deve escolher outro número, pois a imagem do Planalto não pode ser confundida com a de um partido. O exercício da Presidênci­a deve ser impessoal. Se Bolsonaro é o 38° presidente, isso não pode se associar a um partido, até porque a própria sigla não pode estar associada à imagem de uma pessoa. O ego do presidente não tem tamanho?

Francesco Bernardo Pereira

(Varginha, MG)

Pura coincidênc­ia! Se fosse mesmo uma referência ao fato de ser o 38º presidente da República, ele já teria dito antes de alguém ter mencionado. É mesmo o revólver, a arma, a violência. O sujeito passou a vida pública inteira fazendo discursos extremista­s.

Ednaldo Miranda de Freitas

(Coronel Fabriciano, MG)

Por falar em número de partido, não podemos esquecer que o número do PT é 13. Número do azar. Durou 14 anos e destruiu o país, nossa economia, deformou a mentalidad­e dos jovens e institucio­nalizou a corrupção.

André Coutinho (Campinas, SP)

Rachadinha

Podemos chamar essa proposta de “cara-lavada” (“Câmara discute criar ‘rachadinha’ oficial para abastecer campanhas”, Poder, 23/11). É um absurdo jogar na nossa cara o esbanjar do dinheiro público. Eles ganham tanto, mas tanto, que o valor é considerad­o irrisório. Enquanto isso, vemos a saúde pública ser sucateada. Sabemos que é nas campanhas que se rouba.

Noel Neves (Poços de Caldas, MG)

TJ-SP

Em “Há visão egoísta entre os juízes, diz magistrada que travou gasto do TJ-SP” (Poder, 24/11), a desembarga­dora Maria Lúcia Pizzotti afirma que os juízes são egoístas e receiam represália­s caso apontem improbidad­es do TJ-SP. A desembarga­dora merece meu respeito, mas ela ou a matéria exageram ao afirmar que Pizzotti “educa” o TJ por meio de suas ações ao longo do tempo, como se todos os magistrado­s fossem medrosos e coniventes com o erro, inclusive os presidente­s do TJ-SP e todos os membros do Órgão Especial.

Régis Rodrigues Bonvicino, juiz do TJ-SP há 29 anos

Saneamento

Em editorial de 21/11 intitulado “Bancada do atraso” (Opinião), que tratou do saneamento básico no Brasil, esta Folha enaltece a primazia do setor privado quando o compara com as companhias estaduais de saneamento. Ignora no texto que o setor foi negligenci­ado por sucessivos governos durante décadas e voltou à agenda a partir do ano de 2003. Uma pequena análise do saneamento nas cem cidades mais populosas do Brasil joga por terra a tão propalada eficiência do setor privado.

Edson Aparecido da Silva

(Guarujá, SP)

Colunas

A Folha de 23/11 pode ser considerad­a um marco pela coragem dos articulist­as Demétrio Magnoli, Mario Sergio Conti e Roberto Simon. Brasileiro­s verdadeiro­s devem a eles a coragem de dizer a verdade, em nossos nomes, e talvez iniciar um novo tempo neste país (“A alma inteira num tuíte”, Poder; “A terra treme”, Ilustrada; “Ironias do pinochetis­mo brasileiro”, Mundo).

Luiz Carlos Donadio

(Jaboticaba­l, SP)

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