País árabe possui relações mais estreitas com Brasil
abu dhabi Isenção de visto, acordos de fim da dupla tributação, de facilitação aduaneira e de investimentos, projetos comuns em inteligência artificial. No campo da diplomacia, os Emirados são o país do Golfo com resultados mais avançados na relação com o Brasil.
“A nação busca parceria maior com a América Latina, e o Brasil é o que tem nível mais intenso de relacionamento”, diz o embaixador brasileiro no país, Fernando Igreja.
Na viagem de Jair Bolsonaro aos Emirados, no fim de outubro, além de acordos nas áreas militar e de comércio, os países concordaram em desenvolver projetos comuns em escopo amplo de temas: paz e segurança, comércio, investimento, indústria, infraestrutura, agricultura, transporte, exploração espacial, energia, turismo, cultura e esportes.
Para Igreja, resultados mais concretos podem aparecer a partir de 2020. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que patrocina a participação brasileira na Expo 2020, prevê que outras parcerias surjam com o evento. O pavilhão brasileiro espera até 20 mil pessoas por dia, ou 3,5 milhões ao longo do evento: mais da metade dos turistas que o Brasil recebe por ano, segundo Sergio Segovia, presidente da entidade.
A maior parte será formada por emiradenses e turistas da China e da Índia, mercados importantes para produtos brasileiros. O pavilhão mostrará o Brasil como um país “ambientalmente consciente e sustentável” e servirá para tentar suavizar arestas como as provocadas pela crise das queimadas na Amazônia.
“É uma enorme oportunidade de desfazer percepções equivocadas ou distorcidas sobre o Brasil”, afirma Segovia.
O prédio, projetado pelo arquiteto José Paulo Gouvêa, terá 4.000 m² (porte médio) e lâmina d´água sobre a qual os visitantes poderão andar.
O investimento total é de cerca de US$ 25 milhões (R$ 100 milhões), semelhante ao custo da participação em 2015, em Milão.