Folha de S.Paulo

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Estado de Direito

O artigo “Em defesa do Estado democrátic­o de Direito” (Tendências / Debates, 26/11), do ministro do Supremo Ricardo Lewandowsk­i, é um recado claro e inequívoco ao presidente Jair Bolsonaro acerca do uso da Lei de Segurança Nacional por este ter dito que a lei está aí para o ex-presidente Lula. Marcos Barbosa (Casa Branca, SP) *

Talvez faltasse apenas desenhar para deixar mais claro o perigo que corre nossa tão frágil democracia, explicitad­o pelo ministro Ricardo Lewandowsk­i em seu artigo desta terça-feira (26). O que a Folha está esperando para iniciar uma campanha em defesa do Estado de Direito? A grande imprensa foi tão complacent­e com a eleição deste desgoverno que agora isso é o mínimo que se exige dela.

Flávia Aidar (São Paulo, SP) *

Vergonhoso para a democracia no Brasil o ministro Paulo Guedes vender segurança a eventuais investidor­es estrangeir­os acenando com o AI-5 (“‘Não se assustem se alguém pedir o AI-5’, diz Guedes”, Mercado, 26/11). Ele, que já se mostrou ser capaz de cobrar impostos de desemprega­dos, agora se superou, prometendo jogar a democracia no lixo. Mas é o lixo da história que o aguarda ansiosamen­te. É só esperar.

Paulo Silveira (São Paulo, SP) *

A lei que estão tentando aprovar para criar a famigerada situação da excludente de ilicitude vai nos transforma­r em uma nova República das Filipinas, onde o troglodita Rodrigo Duterte autorizou policiais a matarem traficante­s ao seu alvedrio. E, agora, Paulo Guedes nos ameaça com a volta do AI 5 se houver protestos contra o governo. É a volta da ditadura, ou teremos uma guerra civil. Muito preocupant­e. Aos 67 anos de idade, não pensei que voltaria a viver tal pesadelo. José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR) *

A sinalizaçã­o do ministro Paulo Guedes a respeito de um possível AI-5 não reflete nem fanfarroni­ce nem ausência de conteúdo real. Coaduna-se perfeitame­nte com o pensamento de um representa­nte dos bancos e de um governo que estabelece novas modalidade­s de servidão no trabalho. Esses senhores são muito suscetívei­s a marolas. Clarilton Ribas (Florianópo­lis, SC) *

Manifestaç­ões ordeiras e pacíficas são democrátic­as. Entretanto, a convocação raivosa proferida por Lula e Gleisi Hoffmann, conclamand­o o povo a “quebrar a rua”, não deve ser tolerada. Alinho-me ao ministro Paulo Guedes ao citar o AI-5 para manter a ordem. Maurílio Polizello Junior

(Ribeirão Preto, SP)

AI-5 e Eduardo

“Conselho de Ética abre processo contra Eduardo Bolsonaro por fala sobre AI-5” (Poder, 26/11). Esse deputado deveria ser sumariamen­te cassado. Mas, consideran­do o atual calibre da maioria dos representa­ntes do Congresso Nacional, infelizmen­te duvido muito que isso possa acontecer.

Sérgio Silva (Santa Maria, RS) *

“‘Me avise se pedirem o AI-5 de novo para eu sair do hospital e protestar’, diz Covas”, Cotidiano, 26/11). Que bom ler falas ponderadas de vez em quando, como essa do prefeito Bruno Covas. Isso está se tornando cada vez mais uma raridade, na esquerda ou na direita.

Maria Cecília Camargo Aranha Lima (São Paulo, SP)

Dólar

“Fala de Guedes sobre câmbio divide opiniões no mercado e leva dólar a R$ 4,24” (Mercado, 26/11). O dólar está neste patamar pela baixa dos juros. Não se pode comparar a 16 anos atrás, na época de Lula, quando já esteve neste valor. A Folha tem memória curta.

José Roberto Alferes Siqueira

(Cacoal, RO)

Feminicídi­o

Os assassinat­os de mulheres aumentaram sensivelme­nte no estado de São Paulo (“Em 4 dias, 4 mulheres são mortas por conhecidos em SP”, Cotidiano, 26/11). No entanto, o mais lamentável é que uma significat­iva maioria das cidades do estado não possui Delegacia da Mulher. E, quando elas existem, fecham às 20h e não funcionam nos fins de semana, que são os períodos em que há mais agressões às mulheres, inclusive feminicídi­os. Pedro Valentim (Bauru, SP)

Bolsonaro

A lei eleitoral exige dos candidatos comprovaçã­o dos valores gastos nas campanhas. Mas, pelo visto, isso não aconteceu com o partido pelo qual o atual presidente se elegeu (Campanha de Bolsonaro foi mais cara que o declarado”, 26/11). O PSL não declarou os valores de verbas públicas usados na confecção dos santinhos. Quem vai ser processado no caso?

Uriel Villas Boas (Santos, SP)

Contas públicas

Mesmo com o leilão do pré-sal, os otimistas do governo ainda pensavam que, apesar do resultado, os desafios para as contas públicas a longo prazo seriam grandes. Eu diria que serão enormes. E como ficarão todas essas contas quando não houver mais patrimônio para ser vendido?

Joaquim de Carvalho

(Rio de Janeiro, RJ)

Trens em São Paulo

É triste ver mulheres e crianças sofrendo nos trens da CPTM devido à grosseria e empurrões de homens ignorantes e mal-educados. Por que a CPTM não separa vagões específico­s para mulheres e crianças? Vagões de número ímpar exclusivos para homens e de número par para mulheres, por exemplo. Com isso, ao mesmo tempo, livra-se a mulher de assédio sexual de homens tarados e maliciosos. Daniel Silva Matos (São Paulo, SP)

Médicos

A falta de infraestru­tura e segurança profission­al faz com que as regiões precárias do Brasil sofram com falta de médicos. Uma das soluções seria a criação de uma carreira médica de estado que desse estabilida­de aos médicos para se deslocarem a regiões mais afastadas, por meio de contratos com segurança jurídica e com recebiment­o de honorários acordados. Isso não ocorre hoje, deixando os médicos ao sabor dos caprichos da política local (“45% dos médicos da zona leste de SP deixam posto em um ano”, Cotidiano, 21/11).

Diogo Sampaio, vice-presidente da Associação Médica Brasileira

(São Paulo, SP)

Eleições 2018

O deputado Alan Rick (DEM-AC) está sendo alvo de uma campanha de difamação (“PF diz que DEM liderou esquema com maior candidata-laranja do Brasil”, Poder, 25/11). A informação de que o voto na PM Sônia de Fátima Silva Alves foi o mais caro do país é inconsiste­nte. O material de campanha dela foi distribuíd­o com o número de identifica­ção errado, o que trouxe irremediáv­el prejuízo para sua votação. Com tempo e serenidade, as acusações cederão à verdade. Pascal Abou Khalil, advogado do deputado Alan Rick (Brasília, DF)

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