Folha de S.Paulo

Entenda a discussão sobre prisão após segunda instância

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Qual o atual entendimen­to sobre prisão de condenados em segunda instância?

Em julgamento no início do mês, o STF decidiu que é necessário aguardar o trânsito em julgado (quando se esgotam as possibilid­ades de recurso) do processo para que um réu comece a cumprir a pena a que foi sentenciad­o. Desde 2016, a jurisprudê­ncia em vigor autorizava a prisão após condenação em segunda instância

O que propõe o Congresso?

Foi aprovada na Comissão de Constituiç­ão e Justiça da Câmara uma proposta de emenda à Constituiç­ão que, na prática, altera o que é considerad­o trânsito em julgado. O processo transitari­a em julgado após a sentença em segunda instância, o que permitiria a prisão depois dessa etapa. Ainda seria possível recorrer às cortes superiores, mas o nome da ação em si deixa de ser recurso e passa a ser ação revisional

O que o projeto precisa para ser aprovado?

Para além da tramitação em comissões, precisa ser aprovado no plenário por três quintos dos parlamenta­res, em dois turnos de votação em cada uma das Casas

Quando será votado?

Não se sabe ao certo, mas, pelo acordo entre Senado e Câmara, não haverá votação em 2019

Quais são as instâncias

do Judiciário? A Justiça comum (ou seja, excluindo a Eleitoral, a do Trabalho e a Militar) é dividida assim:

• Primeira instância

Varas e juizados especiais estaduais e federais. Compostas pelos juízes de primeira instância

• Segunda

instância Tribunais estaduais (como o TJSP) e tribunais regionais federais (como o TRF4). São compostos pelos desembarga­dores (TJs) e por juízes federais de segunda instância (TRFs)

• STJ Composto pelos 33 ministros da corte

• STF Composto pelos 11 ministros da corte

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