Wall Street vê ‘ironia’ no vaivém de Guedes e BC
Ecoou por New York Times e outros, com agências, a menção de Paulo Guedes ao AI-5.
Mas a frase que chamou a atenção, no exterior, foi ele “não estar preocupado com a queda da moeda ao recorde de baixa”, na chamada do Financial Times. O jornal, que um dia antes havia publicado editorial em defesa de Guedes, destacou reação de um executivo da Fidelity International: “Quando você tem um ministro das finanças dizendo algo assim, ele está encorajando uma liquidação de moeda”.
O Banco Central, cujo presidente já havia falado coisa parecida, acabou tendo de intervir para tentar conter o dólar. E a Bloomberg ouviu então, de um executivo do Credit Suisse em Nova York, que “é muito irônico o BC atuar após os dois formuladores de política [financeira] do Brasil afirmarem a flexibilidade de câmbio”.
Já em argentinos como La Nación a desvalorização “recorde” do real causou temor, por “seu efeito na indústria, turismo e inflação” do vizinho.
levitsky e o golpe
Steven Levitsky, de Harvard e do livro “Como as Democracias Morrem”, escreveu no NYT sobre
“o golpe”, como define, na Bolívia. “Se governos estrangeiros tomam partido, tolerando golpes que favorecem seus aliados, encorajam o retorno à violência e à instabilidade que os latino-americanos lutaram tanto para encerrar”, avisa.
sem a esquerda
O NYT tirou o impeachment das manchetes e agora procura explicar o que deu errado. Também o Wall Street Journal, publicando que o processo foi dominado pelos “democratas de segurança nacional”, que “festejaram espiões e procuradores” e alijaram “A Esquerda”. Há um mês, destacou o WSJ, “a revista socialista Jacobin não publica um texto” contra Trump.