Em parceria com agências, YouTube notifica se vídeo é falso no Brasil
são paulo O YouTube começou a informar, a partir desta terça (26), se alguns vídeos virais veiculados na plataforma são falsos ou verdadeiros.
Temas populares que já tenham sido analisados por agências de checagem do Brasil serão acompanhados de painéis informativos relacionados a termos de busca na plataforma, que vão notificar se os conteúdos são verídicos.
As informações ainda não estão disponíveis, mas o YouTube afirma que as mudanças devem ocorrer até o fim da semana, aparecendo de forma gradativa a toda a base de usuários.
Ao procurar um tema já checado por uma das agências, como “água de abacaxi cura câncer”, por exemplo, o espectador poderá saber se a informação é falsa de acordo com a avaliação de determinado veículo.
O Brasil é o terceiro país em tempo de visualização no
YouTube e tem mais de 100 milhões de usuários mensais. Segundo a empresa, a função só está disponível na Índia e chega ao país graças à oferta de serviços de checagem.
De acordo com o YouTube, não há critério para que um vídeo seja considerado viral, e as informações dependem exclusivamente das agências de checagem, que devem inserir a classificação em uma plataforma de código aberto chamada Schema.org ClaimReview.
O Google não repassa demanda às agências, que escolhem de acordo com suas próprias regras o que será checado.
Participam da iniciativa UOL Confere, AFP Checamos, Agência Lupa, Projeto Comprova, Boatos.org, Estadão Verifica e Aos Fatos.
As mudanças seguem o propósito de dar mais contexto a usuários diante das críticas que as empresas de tecnologia recebem para conter a disseminação de notícias falsas. O Google trabalha com parceiros e alega que, sozinho, não consegue verificar os conteúdos.
Uma discussão paralela ocorre em relação a anúncios pagos por campanhas políticas. Google e Twitter anunciaram medidas para dar fim à pratica ou minimizar seus efeitos diante da proximidade das eleições americanas. O Facebook ainda permite post político pago, mesmo que contenha conteúdo falso.
Em comunicado nesta terça, o YouTube afirmou que também passará a informar a origem de financiamento de canais que são propriedade de empresas jornalísticas que recebem recursos de um governo ou órgão público.
Os canais indicarão que o veículo é “financiado por completo ou em parte” por um governo ou é um “serviço público de transmissão”, com um link para a página da Wikipédia.