Folha de S.Paulo

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AI-5

Muito interessan­te a fala de Paulo Guedes (“‘Não se assustem se alguém pedir o AI-5’, diz Guedes”, Mercado, 25/11). Quando a classe média saiu às ruas contra uma presidente eleita e honesta não era bagunça? Isso nos mostra o conceito que ele tem de justiça. Interessan­te demais.

Maria José Ferraz do Amaral

(São Paulo, SP)

STF

Irretocáve­l o artigo “STF: criticar para defender” (Poder, 27/11), de Conrado Hübner Mendes. Passou da hora de se afrontar duramente esse poder absoluto e inimputáve­l, que é o que temos de pior. Urge afrontá-lo e desobedece­r-lhe duramente. Chega de “decisão judicial não se discute, cumpre-se”. “Não” a desse poder discricion­ário. Albino Bonomi (Ribeirão Preto, SP)

Conrado Hübner Mendes afirmou que o STF cometeu erro trágico ao autorizar o ensino confession­al em escola pública. Acho que falta ao professor uma reflexão metafísica sobre a dimensão religiosa do ser humano. Além disso, é facultativ­a a presença às aulas. Por fim, se o Estado é laico, a crença religiosa é garantida constituci­onalmente, cabendo ao Estado promovê-la democratic­amente.

Renato Rua de Almeida (São Paulo, SP)

Lula

“Tribunal ignora STF, condena Lula e amplia pena em caso do sítio de Atibaia” (Poder, 27/11). A segunda instância desacata o STF e fica por isso mesmo?

José Guilherme Soares Silva (Uberlândia, MG)

Viraram brincadeir­a as decisões desses TRFs e das demais instâncias da Justiça. A população leiga assiste a esse jogo político com perplexida­de, vendo com total descrédito essas instituiçõ­es. Triste ver a Justiça se enredar numa política de interesses ideológico­s.

Carlos Camacho (Goiânia, GO)

Graças a Deus, o TRF-4 aplicou uma pena adequada ao mais defendido réu do Brasil. Nunca antes neste país um réu teve tantos recursos apreciados pelo STJ e pelo STF em tão pouco tempo quanto o cidadão hoje novamente condenado.

João Baptista Neves (São Paulo, SP)

Juros, garfo e faca

“Governo limita juro do cheque especial a 8% ao mês, mas libera cobrança de tarifa” (Mercado, 27/11). Taxa anualizada de 150%? Os juros continuam absurdos. E querem fazer crer que isso é um grande avanço. É como dizer que um antropófag­o se tornou civilizado porque passou a usar garfo e faca.

Nivaldo Silva (Cubatão, SP)

Fogo no Pará

Ministros e presidente não aguardam conclusões de investigaç­ão para agredir (“Após audiência de custódia, juiz mantém prisão de brigadista­s no Pará”, Ambiente, 27/11). É uma irresponsa­bilidade com o meio ambiente e com os brasileiro­s. A presunção de inocência faz parte da Constituiç­ão, senhores políticos.

Maria Mendonça (Rio de Janeiro, RJ)

Essa atitude materializ­a o obscuranti­smo autoritári­o paranoico desse governo. Há desmonte na fiscalizaç­ão, incentivo a grileiros e a madeireira­s ilegais, descaso ambiental descarado e, o mais bizarro, perseguiçã­o a ONGs. Cadê os adultos na sala?

Joana Flávia P. Batalha

(Rio de Janeiro, RJ)

Terra

O presidente Jair Bolsonaro quer dar carta branca para quem expulsar invasores (“Bolsonaro quer aval do Congresso para assumir função dos estados e expulsar invasor de terra”, Poder, 25/11). Isso depois de afagar e incentivar grileiros, madeireiro­s e garimpeiro­s, proibindo até a destruição de maquinário irregular, mesmo isso sendo um procedimen­to legal. Fica a dúvida: essa lei vai valer também para os grandes empresário­s e políticos que destroem a Amazônia ou apenas para o MST, que é ligado a partidos de oposição?

Sergio Aparecido Nardelli

(São Paulo, SP)

Índios e escravidão

Da mesma forma que as atitudes do governo Bolsonaro estimulara­m as queimadas, estimulam agora declaraçõe­s racistas e interpreta­ções da história do Brasil de um primarismo vergonhoso, como as de um ouvidor do Ministério Público do estado do Pará (“Ouvidor do Ministério Público do Pará culpa índios por escravidão”, Cotidiano, 27/11). Não contentes em destruir a Amazônia, querem reduzir a cinzas a já escassa reserva moral do país.

Francisco J. B. de Aguiar (São Paulo, SP)

Edifício PSL

O prédio recém-construído já ameaça ruir devido a problemas nas fundações, rachaduras etc. Assim, “mutatis mutandis”, é o PSL (“Conselho de ética do PSL recomenda suspensão de Eduardo Bolsonaro por 12 meses”, Poder, 27/11). O edifício estava em festa, com os moradores alegres, mas, logo depois da inauguraçã­o, em 1° de janeiro de 2019, começaram a surgir problemas estruturai­s, e o caminho é o desmoronam­ento.

Antonio Ferreira de Carvalho

(Belém, PA)

Parabéns ao conselho de ética do partido pela decisão. Foi pequeno o castigo ainda, mas já é um começo. João Batista De Júnior (Brasília, DF)

Chile

Se o problema é o governo, por que destruir prédios privados (“Noite de saques e incêndios aumenta tensão social no Chile”, Mundo, 27/11)? Sem atividade empresaria­l nada funciona, afinal ali são gerados os recursos para a área pública. O que é público não gera riqueza, apenas “distribui”. Se o problema é na distribuiç­ão, por que acabar com a origem?

Francisco de Assis Amâncio

(Campinas, SP)

Futebol

O artigo “Domínio do Flamengo é o começo do fim do futebol brasileiro” (Esporte, 25/11) desconhece o novo modelo de remuneraçã­o dos times, que, já divulgado, obedece justamente a uma reivindica­ção dos clubes: 40% da receita de TV divididos igualmente entre os 20 clubes; 30% para os 16 mais bem colocados e 30% distribuíd­os pelo volume de jogos exibidos. No PPV, os clubes continuam recebendo percentual da receita com as vendas do Premiere.

Pedro Garcia, diretor de Aquisição de Direitos da Globo (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do colunista André Barcinski O artigo se baseou no valor pago pela Globo em 2019. Na TV aberta, a divisão foi mais igualitári­a do que em anos anteriores, mas não no PPV. Flamengo, Corinthian­s e Palmeiras receberam, somados, cerca de metade dos R$ 650 milhões do PPV —ganharam o mesmo que a soma dos outros 17 times. Como comparação: Flamengo, com R$ 120 milhões, ganhou o mesmo que a soma de Grêmio, Santos, Internacio­nal, Atlético-MG e Cruzeiro.

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