Mortes após erupção em vulcão da Nova Zelândia sobem para 6
whakatane | reuters Subiu para seis o total de turistas mortos após a erupção de um vulcão na ilha White, na Nova Zelândia, na segundafeira (9). Entre as vítimas, há três australianos, um malaio e duas britânicas.
De acordo com a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, as equipes de resgate, que haviam suspendido as buscas por conta do risco de novas explosões, esperam acessar a ilha no norte do país nesta quarta-feira (11). Ainda há oito pessoas desaparecidas.
“É o que todos esperamos”, disse ela. A ilha White fica a cerca de 50 quilômetros de distância da costa.
Para a polícia, as chances de encontrarem sobreviventes são mínimas. Voos de reconhecimento não encontraram sinais de vida na ilha, que foi coberta por cinzas do vulcão.
Havia 47 pessoas no local no momento da erupção: 24 da Austrália, nove dos Estados Unidos, cinco da Nova Zelândia, quatro da Alemanha, duas da China, duas do Reino Unido e uma da Malásia.
A maioria dos sobreviventes teve mais de 70% do corpo queimado, de acordo com os médicos. Alguns deles correm risco de morte.
“Está claro agora que havia dois grupos na ilha: aquele que foi possível ser retirado e aquele que estava perto da erupção”, disse a primeira-ministra em entrevista coletiva em Whakatane, cidade na costa próxima à ilha White.
A agência geológica Geonet, do governo neozelandês, havia elevado o nível de alerta sobre o vulcão em novembro, devido ao risco de aumento de sua atividade.
A polícia deu início a uma investigação sobre o caso, mas disse que não se trata de um processo criminal.
A última erupção fatal do vulcão da ilha White foi em 1914, quando 12 mineiros que extraíam enxofre do local morreram.
A ilha, anunciada como “o vulcão marinho mais acessível do mundo”, é de propriedade privada e recebe mais 10 mil turistas por ano.
“Estou muito surpreso de ouvir que havia turistas lá atualmente, porque cientistas parecem estar bem cientes de que o vulcão da ilha White estava entrando em uma fase de alta atividade”, disse o vulcanologista Loÿc Vanderkluysen, da universidade Drexel.
Uma câmera da agência Geonet mostrou um grupo de pessoas deixando a cratera um minuto antes de a erupção começar.