Folha de S.Paulo

Não a qualquer interferên­cia externa em assuntos de Hong Kong

- Yang Wanming Embaixador da China no Brasil

A Região Administra­tiva Especial de Hong Kong da China é conhecida pelo estado de lei e estabilida­de. Todavia, nos últimos seis meses, a escalada das atividades criminosas caracteriz­adas pela violência e radicalism­o tem vindo a colocar a região num cenário perigoso.

Como apontou o presidente Xi Jinping na Cúpula do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), “acabar com a violência e restaurar a ordem é a tarefa mais urgente de Hong Kong neste momento”.

É firme a resolução do governo chinês na defesa da soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvi­mento, na implementa­ção do princípio de “um país, dois sistemas” e no combate a qualquer interferên­cia das forças externas nos assuntos de Hong Kong.

O flagelo da violência é um câncer para o desenvolvi­mento social de Hong Kong. Os criminosos radicais afirmam serem manifestan­tes pacíficos, porém o que se vê são lojas destruídas, incêndios ateados, trânsito paralisado, cidadãos atacados e os alunos e professore­s da China continenta­l agredidos.

Essas práticas desprezíve­is estão ameaçando a ordem legal, a segurança social e o bem-estar do povo. Afetada pela violência, a economia de Hong Kong sofreu a primeira recessão técnica da última década, com a desacelera­ção do cresciment­o geral de renda.

Há amplas provas que apontam para uma forte ligação entre as forças externas anti-China e os praticante­s de violência de Hong Kong, que, juntos, embelezara­m os crimes violentos, acusaram a polícia pelas suas ações legítimas em defesa da lei e a ordem, intimidara­m os cidadãos de bem que tentaram impedir a violência, visando assim uma escalada incessante da situação.

Os Estados Unidos chegaram ao ponto de aprovar a

Há amplas provas que apontam para uma forte ligação entre as forças externas anti-China e os praticante­s de violência de Hong Kong, que, juntos, embelezara­m os crimes violentos

chamada Lei de Hong Kong, numa tentativa de exercer a hegemonia sob o disfarce de “direitos humanos” e “democracia”. Tal prática é uma interferên­cia flagrante nos assuntos internos da China e uma violação brutal das leis nacionais e dos princípios das relações internacio­nais.

“Um país, dois sistemas” é a pedra angular da prosperida­de e estabilida­de de Hong Kong. Desde o seu retorno à pátria, Hong Kong manteve a prosperida­de e a estabilida­de. A população local desfruta de direitos democrátic­os e liberdade sem precedente­s, incluindo o alto grau de autonomia e o direito às manifestaç­ões pacíficas.

A prática prova que “um país, dois sistemas” é o melhor arranjo institucio­nal para manter a segurança, a ordem, a prosperida­de e a estabilida­de de longo prazo de Hong Kong, que são reconhecid­as mundialmen­te.

Os assuntos de Hong Kong são internos da China. O governo chinês se opõe a qualquer força estrangeir­a que aponta o dedo para os assuntos de Hong Kong e continuará a aderir a “um país, dois sistemas”, a apoiar o Governo da Região Administra­tiva Especial de Hong Kong a punir os crimes violentos conforme a lei, de modo a manter o Estado de Direito e a ordem, e a devolver a estabilida­de e a tranquilid­ade para Hong Kong e o seu povo.

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