Folha de S.Paulo

Universida­des terão até 2021 para ter diploma digital

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brasília As instituiçõ­es de ensino superior do país terão até o fim de 2021 para se adequarem ao processo de emissão de diplomas digitais. Os documentos físicos poderão continuar a ser fornecidos. O MEC (Ministério da Educação) trabalha nas adequações das regras desde 2018, ainda no governo Michel Temer (MDB).

Em março, já sob Jair Bolsonaro, a pasta regulament­ou a medida em portaria. Nesta terça (10), anunciou uma nova portaria, ainda não publicada, que trará padrões de segurança e requisitos de informação.

A adequação seria contada a partir de março, mas, agora, ganhou novo prazo —que se encerra em dezembro de 2021.

A versão digital deverá ser semelhante ao diploma de papel e poderá ser acessada também pelo celular, segundo o MEC. A validação das informaçõe­s deverá ser feita por um código alfanuméri­co e um QR code.

Está previsto um processo de certificaç­ão digital, com segurança de dados assegurada pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação). A validade e segurança devem ser padronizad­as pelo ICP-Brasil (Infraestru­tura de Chaves Públicas Brasileira), com assinatura digital.

De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima, a iniciativa trará mais segurança contra fraudes além de reduzir o tempo de emissão.

A UFSC (Universida­de Federal de Santa Catarina) desenvolve­u neste ano um projetopil­oto para testar os processos de adequação. Neste trabalho, concluiu-se que o custo de emissão no novo formato fica em R$ 85,12, ao passo que no sistema físico custa R$ 390,26.

Além disso, um diploma físico leva cerca de 90 dias para ser emitido. Esse prazo pode cair para 15 dias.

Não há previsão, entretanto, de investimen­tos do MEC para a adequação de infraestru­tura tecnológic­a.

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