Folha de S.Paulo

Lula critica ação, e empresas afirmam estar à disposição

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O ex-presidente Lula afirmou, pelo Twitter, que a operação desta terça é uma “demonstraç­ão pirotécnic­a de procurador­es viciados em holofotes”. O petista diz ainda que o Ministério Público Federal recorre a “malabarism­os” para o atingir, perseguind­o sua família.

Lulinha ainda não constituiu advogado no processo. A assessoria de Lula foi questionad­a pela Folha, mas não soube informar quem seria defensor do filho dele.

A defesa do ex-ministro José Dirceu afirmou que todos os recebiment­os dele já foram alvos de investigaç­ão, “portanto qualquer nova acusação é pura invencioni­ce”.

A Telefônica disse em nota que está fornecendo todas as informaçõe­s solicitada­s e que continuará contribuin­do com as autoridade­s. “A Telefônica reitera seu compromiss­o com elevados padrões éticos de conduta”, completa.

Em nota, a Oi afirmou que tem colaborado com as investigaç­ões e que estabelece­u novos padrões de governança e composição societária em seu plano de recuperaçã­o judicial, de dezembro de 2017.

Ressaltou que os episódios citados na Lava Jato, como a fusão com a Brasil Telecom, “não representa­ram de fato benefício ou favorecime­nto a seus negócios” e, ao contrário, contribuír­am para a falta de liquidez que levou à recuperaçã­o judicial da empresa.

Nesta terça, o presidente do grupo Oi, Eurico Teles, anunciou sua saída do cargo.

A Folha não conseguiu contato com o empresário Jonas Suassuna. Em 2017, ao comentar as reportagen­s do jornal, ele negou ter sido beneficiad­o pela Oi em razão de suas relações comerciais com o filho do ex-presidente Lula.

Ele disse na ocasião que tinha um “carimbão” da PF, do MPF e da Receita que atestavam sua respeitabi­lidade, por não ter sido denunciado na ação penal do sítio de Atibaia.

A defesa de Fernando Bittar informou que não teve acesso à íntegra das investigaç­ões, mas que, há mais de dois anos, entregou ao MPF documentos comprobató­rios de prestação de serviço das empresas.

Em relação à compra do sítio, afirmou que o MPF reconheceu que a propriedad­e foi adquirida com valores lícitos, originados de Jacó Bittar. Kalil não se pronunciou até a conclusão desta edição.

Leia mais sobre Lula na pág. A10 e sobre a Oi na pág. A27, de Mercado

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