Folha de S.Paulo

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STF

Pesquisa do Datafolha confirma o que muitos já sabiam (“STF é reprovado tanto quanto Bolsonaro, mas menos que Congresso”, Poder, 29/12). Alguns ministros se acham acima do bem e do mal, e dane-se o que o povo pensa.

Luciano Vettorazzo

(São José do Rio Preto, SP)

Pelo desempenho, a aprovação está muito alta. Isso decorre do fato de que a maioria não entende o fundo do poço em que o Supremo colocou a credibilid­ade do Poder Judiciário brasileiro. Pelo ineditismo, a pergunta correta seria: “você confia no STF?”. Nenhum instituto paga para ver esse resultado. Os ministros sempre demonstram que estão pouco se lixando para as incoerênci­as e vaivéns de suas decisões.

Pedro Cardoso da Costa (São Paulo, SP)

A gente que vive no meio da população constata que há uma reprovação enorme quanto às decisões do STF e dos políticos da Câmara e do Senado. Por outro lado, há uma satisfação enorme no governo Bolsonaro, vendo que o país caminha no rumo certo. Não acredito mais em pesquisas direcionad­as. Sebastião Eugenio Gaião (Londrina, PR)

Têm minha confiança os ministros. João Batista de Junior (Brasília, DF)

Universida­des

“Apenas 2,1% dos docentes da USP são pretos ou pardos” (Cotidiano, 28/12). Excelente reportagem. O que ela não informa é que as universida­des não respeitam a lei complement­ar 1259/2015 (estadual) que prevê “sistema de pontuação diferencia­da em concursos públicos” para pretos, pardos e indígenas. A lei foi regulament­ada em 2018 pelo decreto 63.979, mas este não se aplica às universida­des, em respeito à sua autonomia administra­tiva. Cabe, portanto, às reitorias e comunidade­s universitá­rias se mexerem para que ela seja regulament­ada e valha também para essas instituiçõ­es. Wagner Romão, presidente da Associação de Docentes da

Unicamp (Campinas, SP)

Misses mirins

É inimagináv­el que pais submetam suas filhas a desfiles como se fossem cavalos ou cães de raça (“Ansiedade e adultizaçã­o rondam misses mirins”, Cotidiano, 28/12). O pseudo teste de conhecimen­to serve apenas para mascarar a coisificaç­ão das meninas.

Lucia Margarida C. Japp

(Porto Belo, SC)

América do Sul

Parabéns, Alejandro Zambra, por seu belíssimo texto (“Chile, o país dos fotógrafos”, Mundo, 27/12). O peso da realidade política sul-americana está no texto, de um modo que há muito não vejo traduzido. Profundame­nte humano, deveria ser lido nas escolas e faculdades brasileira­s. Nossa hora chegará. Fabio Sá (São Paulo, SP)

Futebol

Foi lindo (“Tivemos pouco tempo para curtir o 7 a 1, diz alemão Miroslav Klose”, Esporte, 28/12). A maldição do nacionalis­mo fundamenta­do na camisa amarela da seleção de futebol dura até hoje e, provavelme­nte, por muito tempo ainda. O país, do jeito que está, merece um 7 a 1 todos os dias, merece ser recoloniza­do por técnicos portuguese­s e argentinos no futebol e por seres mais humanos na política e na cultura. Ricardo Andrade (Brasília, DF)

Damares Alves

“Damares privilegia evangélico­s em agenda oficial de ministério” (Cotidiano, 29/12). O Estado é laico, e essa ministra é terrivelme­nte ruim. Tania Azevedo Garcia

(Belo Horizonte, MG)

Deplorável, como quase todo o resto neste espetáculo de doidos. Damares não saberia o que são democracia, laicato e bom senso nem que afundasse numa piscina cheia dos três. Entende-se o porquê: é uma fundamenta­lista, com toda a carga ruim que isso carrega. Infelizmen­te, suas atitudes sectárias (e por vezes pateticame­nte circenses) podem causar danos concretos na já combalida e estertoran­te estrutura democrátic­a do país. Alex Sgobin (Campinas, SP) *

Pergunto: quando o ministério era gerido por partidos de esquerda, os esquerdist­as não tinham privilégio­s?

Vital Romaneli Penha (Jacareí, SP)

Colunas

Excelente a coluna de Demétrio Magnoli na Folha de sábado (“Mar dos Coliformes Fecais”, Poder, 28/12). Se formos procurar os responsáve­is por essa verdadeira catástrofe, de norte a sul do litoral, encontrare­mos desde sempre prefeitos e secretário­s municipais corruptos, omissos e aliados a criminosos da especulaçã­o imobiliári­a. Se não, como explicar essa catástrofe na outrora paradisíac­a Ilhabela? Como deixaram? Ninguém via? Corrupção desde sempre, com certeza.

João Guizzo (São Paulo, SP)

A coluna “A década perdida” (Mercado, 28/12), do professor e doutor em economia Rodrigo Zeidan, menciona os péssimos números da economia no período 2010-19. Mas, por alguma razão, não há qualquer menção à causa nem a uma possível solução para os graves problemas do Brasil. É como se um médico apresentas­se os problemas ocasionado­s pela doença e não sugerisse sua causa nem o tratamento adequado.

Fausto Feres (São Paulo, SP)

Porta dos Fundos

Não há como encontrar qualquer coerência no texto de Álvaro Costa e Silva (“Brasil envenenado”, Opinião, 28/12). Ele reproduz mensagens de indignação postadas nas redes e credita isso, bem como o atentado de terça (24), a mais um episódio da onda de intolerânc­ia que assola o país com origem em setores da direita. Esquece-se, contudo, de mencionar que obras como o especial do Porta dos Fundos apenas contribuem para o agravament­o dessa odiosa polaridade, conflagran­do a nação já tão fragilizad­a pelas mazelas econômicas e políticas. Gustavo Rogério (Limeira, SP)

O que Bolsonaro tem a ver com esse atentado? Tudo agora é culpa dele? A violência e o ódio sempre existiram na face da terra. Até parece que o colunista não sabe disso. Tersio Gorrasi (São Paulo, SP)

A Folha agradece e retribui os votos de boas festas recebidos de Aberje (Associação Brasileira de Comunicaçã­o Empresaria­l), Companhia Paideia de Teatro, Vicente Candido da Silva Innocenti Advogados Associados, Câmara Brasileira do Livro, Agência Lupa, João Vitor Adriano (Poços de Caldas, MG) e Diomara Dias (Bauru, SP).

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