Folha de S.Paulo

Festival Verão sem Censura reúne em SP espetáculo­s criticados pelo governo federal

Com 45 atividades, festival Verão sem Censura reúne produtos criticados pelo governo federal, como peças, filmes, aulas, bate-papos, shows e festas

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O setor cultural passou por um ano conturbado sob o governo de Jair Bolsonaro: teve o fim do ministério, o rebaixamen­to de teto de projetos da Lei de Incentivo à Cultura e a troca dos principais cargos de institutos e secretaria­s por nomes aliados ao presidente.

A discussão sobre liberdade de expressão esteve no meio do furacão com episódios de censura de HQs e de espetáculo­s cancelados, aliados às críticas abertas do presidente.

Na contramão, a Secretaria de Cultura de São Paulo promove, a partir desta sexta (17), o festival Verão sem Censura. A agenda, que acolhe produtos censurados ou que tratam de temas duramente criticados, promove 45 atividades, como peças, filmes, shows e festas.

O DJ Rennan da Penha aparece entre os destaques do primeiro dia de festival, com uma apresentaç­ão na sacada do Theatro Municipal. Em 2019, o artista ficou detido por sete meses por associação ao tráfico de drogas.

Também será exibido “Bruna Surfistinh­a”, na Praça das Artes, seguido por um bate-papo com a atriz Deborah Secco e Rachel Pacheco. O longa, que mostra a trajetória de uma jovem prostituta, sofreu duras críticas de Bolsonaro, que afirmou que não poderia admitir que filmes como esse fizessem uso de verbas públicas.

Confira a seguir os destaques da programaçã­o que acontece até 31 de janeiro.

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Elisa Mendes/Divulgação Cena da peça ‘Caranguejo Overdrive’, que chegou a ser cancelada no Rio em 2019

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