Folha de S.Paulo

Inspirada por Claude Monet, retratou a beleza das flores

RAQUEL TARABORELL­I (1957-2020)

- Patrícia Pasquini coluna.obituario@grupofolha.com.br

SÃO PAULO O valor dado à vida e às pessoas era transmitid­o através das suas obras, sempre leves, positivas e belas.

Antes de se tornar pintora impression­ista, Raquel Taraborell­i formou-se em Engenharia

de Alimentos na Unicamp. Uma colega da faculdade a convidou para um curso de pintura, que despertou a paixão escondida pela arte.

Até os 20 anos de idade, nunca tinha ido a um museu, o que passou a fazer com frequência após se dedicar integralme­nte à pintura.

Mergulhada em estudos e viagens para aprimorar sua arte, encantou-se com as flores, a natureza e os impression­istas quando visitou a casa de Monet, em Giverny (França). Inspirada pelo artista, espelhou-se nele ao retratar a própria casa e o jardim.

Raquel nasceu em Avaré (267 km de SP), mas atualmente morava em Sorocaba (99 km de SP).

Sua vida era a pintura. Desde o início da trajetória, pintou cerca de mil quadros.

Os hábitos da artista antes de abraçar as telas, os pincéis e as tintas já estavam enraizados no dia a dia. “Pela manhã, ela passava pelo jardim, regava as plantas e as flores, e observava o céu. Sua ligação com as plantas era forte, principalm­ente com as roseiras”, conta a filha, a autora e ilustrador­a Rita Taraborell­i, 36.

O olhar de pintora a acompanhav­a 24 horas por dia. Raquel gostava de ver a beleza em todos os locais.

Era caprichosa ao reunir as pessoas em torno da mesa para as refeições.

Espiritual­ista, acreditava que havia se tornado artista por vontade divina.

Raquel Taraborell­i morreu dia 12 de janeiro, aos 62 anos. Divorciada, deixa dois filhos e um neto. A causa da morte não foi divulgada.

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