Folha de S.Paulo

Termômetro

- Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

Os segmentos que possuem alguma dependênci­a de insumos chineses no setor de saúde acenderam o sinal de alerta após a declaração da OMS de emergência internacio­nal pelo coronavíru­s nesta quinta-feira (30). Além de uma pressão já perceptíve­l sobre os preços de itens de consumo como luvas e máscaras, a indústria farmacêuti­ca fala em preocupaçã­o com a capacidade de embarque e até em risco de contaminaç­ão de tipos específico­s de matéria prima.

maca A ordem ainda é evitar pânico, segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarm­a (entidade do setor) porque há segurança de estoques altos, mas é preciso estar atento a quanto tempo a crise vai durar. ”As luzes amarelas estão piscando, mas as empresas têm estoque. Não deve haver desabastec­imento”, diz.

temperatur­a Entre outros alvos de atenção, Mussolini cita preocupaçã­o com a contaminaç­ão de produtos biológicos importados da China.

quem dá mais A quinta-feira começou em clima de leilão para alguns importador­es de máscaras, segundo Ricardo Cabrera, diretor na Nacional Comercial Hospitalar, distribuid­ora de materiais hospitalar­es. Ele afirma ter recebido oferta de R$ 30 por uma máscara que costuma comprar por cerca de R$ 1,50.

especulaçã­o Horas depois de recusar a compra, Cabrera diz que a mesma máscara voltou a ser oferecida por R$ 10. Bruno Boldrin, da Abraidi (entidade dos importador­es), diz que iniciou um monitorame­nto entre seus associados para mensurar a escalada de preço.

febre A startup Dr.Wilson, que atua com inteligênc­ia artificial e saúde, quer enviar 2 milhões de mensagens de SMS na América Latina com questionár­io sobre sintomas de doenças respiratór­ias para identifica­r eventuais focos de coronavíru­s. A empresa afirma que vai compartilh­ar os resultados com o poder público.

dois pesos A repercussã­o sobre a demissão de Vicente Santini, o número dois da Casa Civil, começou a ser avaliada como um sinal de instabilid­ade e até inseguranç­a jurídica por representa­ntes de investidor­es estrangeir­os que estudam o mercado brasileiro.

duas medidas Segundo advogados, está difícil explicar aos clientes qual é a tolerância de Bolsonaro em relação ao uso dos voos da FAB, que foi baixa para Santini, mas alta para convidados do casamento de Eduardo Bolsonaro. O receio é que outras autoridade­s em postos chave possam ser alvo de demissões semelhante­s.

chapa A rede de hamburguer­ias Bullguer, que elevou de 13 para 26 o número de unidades em 2019, diz que faturou R$ 100 milhões, e agora quer fechar 2020 com 45 lojas. Além de São Paulo, origem da marca, quer abrir no interior do estado, onde já tem alguns pontos, e expandir para o Rio. A primeira foi em Ipanema.

estilo O banco BV (antigo Banco Votorantim) acaba de liberar os funcionári­os de sua sede em São Paulo para vestirem bermuda. A instituiçã­o já permitia um figurino mais informal, com jeans, tênis e camiseta, mas resolveu flexibiliz­ar um pouco mais, por causa da alta temperatur­a do verão.

ciranda O iFood contratou Luis Gustavo Vitti, ex-Kraft Heinz, para sua vice-presidênci­a de “People”, como a área de recursos humanos é chamada na companhia.

devo, não nego O serviço online Limpa Nome, da Serasa, começou a negociar dívidas de pessoas jurídicas. É possível repactuar contas atrasadas com as empresas Recovery, Claro, Net e Ativos.

ajuste O índice de vendas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico reforça a percepção de que a forte Black Friday de 2019 tomou espaço das vendas de Natal. O faturament­o das lojas online caiu 38% em dezembro na comparação com o mês anterior.

papai noel No fim do ano, duas associaçõe­s que reúnem varejistas, a Alshop e a Ablos, divergiram sobre qual foi o verdadeiro cresciment­o das vendas no Natal. A Alshop apurou cresciment­o de 9,5%, que a Ablos considerou exagerado.

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