Folha de S.Paulo

Com sete vitórias, ‘1917’ é o grande vencedor do prêmio Bafta

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são paulo O longa de guerra “1917”, de Sam Mendes, foi o grande vencedor do Bafta, o maior prêmio do cinema na Inglaterra, concedido na noite deste domingo (2).

A trama, que acompanha a jornada de um soldado em meio ao território inimigo durante a Primeira Guerra Mundial, ficou com sete estatuetas —melhor filme, melhor filme britânico, direção,direção de fotografia, direção de arte, som e efeitos visuais.

A obra é toda rodada num falso plano-sequência, criando a ilusão de que o filme não tem corte entre as cenas. Vale dizer que era o único título britânico entre os que concorriam a melhor filme.

A vitória de “1917” no Bafta é mais uma que solidifica as suas pretensões a conquistar um Oscar, que será entregue em cerimônia no domingo (9), embora os membros das duas academias, a britânica e a de Hollywood, não sejam rigorosame­nte os mesmos.

É que o filme de Mendes vem numa esteira de vitórias. Já havia levado o Globo

de Ouro de melhor longa dramático e os principais prêmios dos sindicatos dos produtores e dos diretores.

“O timing dessas premiações e do lançamento tem sido excelente para alertar as pessoas sobre o filme e que é importante que o vejam nos cinemas”, disse Mendes, britânico que tem em seu currículo obras como “Beleza Americana” e “007 -Operação Skyfall”.

“Coringa”, que havia sido indicado a 11 categorias no Bafta, acabou vencendo em três: melhor ator (para Joaquin Phoenix), trilha sonora e seleção de elenco. A história, dirigida por Todd Phillips, retrata o passado do icônico vilão do Batman.

Já o sul-coreano “Parasita”, de Bong Joon-ho, levou duas estatuetas, a de filme estrangeir­o e a de roteiro original, por sua história a respeito de uma família empobrecid­a que se infiltra na mansão de uma família endinheira­da.

Nas categorias de atuação, além de Joaquin Phoenix, venceram nomes que também são os favoritos a levar o Oscar: Renée

Zellweger por seu retrato de Judy Garland no biográfico “Judy”, Laura Dern pela advogada durona de “História de um Casamento”, e Brad Pitt pelo dublê tranquilão de “Era uma Vez em... Hollywood”.

Já “O Irlandês”, épico sobre a máfia dirigido por Martin Scorsese e produzido pela Netflix, saiu sem nenhuma estatueta, embora estivesse indicado em dez categorias.

A edição do Bafta foi criticada pela ausência de atores não brancos nas categorias de atuação, e de mulheres na direção.

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