Entenda a relação da Oi com o filho de Lula
Qual a suspeita dos investigadores?
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal suspeitam que diversos repasses feitos pela Oi e pela Vivo a empresas ligadas a Fábio Luís, o Lulinha, e a seu sócio
Jonas Suassuna foram realizados sem lógica econômica, apenas para beneficiar familiares do expresidente Lula. Contratos comerciais de fachada teriam sido firmados para dar aparência legal às transferências. Os investigadores apontam o fato de que vários produtos não obtiveram resultado comercial relevante
Quanto foi repassado e qual o período investigado?
De 2004 a 2016, a Oi repassou a empresas de Lulinha e Suassuna R$ 132 milhões. A Vivo repassou cerca de
R$ 40 milhões. Lula foi presidente de 2003 a 2010
Qual o papel da Gamecorp?
A empresa de games de Lulinha com seu sócio
Jonas Suassuna recebeu R$ 82,8 milhões da
Oi no período que vai de 2004 a 2016. A tele também possuía 35% de participação societária na Gamecorp. A Lava Jato suspeita que esses recursos tenham sido propina
Qual a ligação de Suassuna com o sítio de Atibaia?
Suassuna é dono de um dos dois terrenos que compõem o sítio em
Atibaia (SP) frequentado por Lula. A Procuradoria aponta que ele e Fernando Bittar, outro proprietário, adquiriram o sítio usando parte de recursos injustificados das empresas que administravam em conjunto com Fábio Luís
Por que a Oi repassou todo esse valor, segundo a PF?
A PF e a Procuradoria vinculam o período em que os repasses às empresas de Suassuna são feitos (2008 a 2014) com mudanças societárias na empresa de telefonia que dependiam de decisões políticas ao alcance de Lula
Quais foram as decisões que beneficiaram a empresa?
Um exemplo: a legislação proibia que uma empresa de telefonia fixa comprasse outra em área diferente, o que impedia a compra da Oi pela Brasil Telecom. A alteração na norma era discutida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e se tornou viável após Lula assinar um decreto que pôs fim à proibição