Algumas dúvidas no caso Adriano
Há suspeita de ‘queima de arquivo’?
O advogado de Adriano disse que seu cliente temia ser morto como “queima de arquivo”. Laudo da polícia técnica baiana apontou que ele foi morto com dois tiros no peito. O escudo utilizado pelos PMs na ação tem sinais de impacto, e uma perícia avaliará se o equipamento foi alvo de balas. A revista Veja obteve fotos do corpo do ex-PM após autópsia e pediu que legistas analisassem as imagens. Os médicos fizeram ressalvas de que estavam avaliando apenas fotos, mas disseram que há sinais de que os tiros que o atingiram podem ter sido disparados de distâncias muito curtas
O que Adriano poderia esclarecer?
Se houve e como funcionava o esquema da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando deputado estadual no
Rio. Também poderia explicar se essa relação significa um elo mais amplo entre os Bolsonaro e as milícias. O ex-PM poderia ainda esclarecer eventual envolvimento da milícia na morte de Marielle Franco, bem como fornecer informações à polícia sobre o alcance dos milicianos no Rio. Contudo, nenhum comparsa do ex-PM, ou os acusados na morte da vereadora, demonstraram desejo de fornecer informações
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
• Por que Adriano estava escondido na Bahia?
• Por que Leandro Guimarães deu abrigo a Adriano em sua fazenda?
• Por que Adriano deixou a fazenda de Leandro para se esconder no sítio de Gilsinho? Ele ficou sabendo que a polícia planejava uma operação? Se sim, como?
• A casa onde Adriano foi morto tinha um colchonete, alguns móveis e alimentos, sinais de que pode ter sido preparada para receber alguém. Alguém ajudou Adriano a se esconder?
• Se Adriano estava em um terreno cercado e com chances mínimas de fuga, por que a polícia, em vez de invadir a casa, não fez um cerco, reduzindo as chances de confronto e morte?
• Se a Secretaria de Segurança Pública da Bahia vai investigar as circunstâncias da morte, por que o local onde Adriano foi morto não foi protegido ou isolado, evitando contaminação?