Corte revoga suspensão de nadador do revezamento brasileiro
são paulo A Corte Arbitral do Esporte (CAS) derrubou a suspensão por doping imposta ao nadador brasileiro Gabriel Santos, 23, pela da Fina (Federação Internacional de Natação) e o liberou para competir. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (14).
Com isso, o atleta poderá disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio na seletiva brasileira, de 20 a 25 de abril, no Rio de Janeiro.
No entendimento da corte, última instância esportiva, o doping foi resultado de uma contaminação não intencional. “A origem foi uma pomada usada pelo irmão do Gabriel, que provavelmente contaminou uma toalha de rosto que foi usada por ambos em uma noite em que o Gabriel dormiu na casa da mãe”, disse seu advogado, Bichara Neto.
“Recorremos alegando que ele não teria concorrido com culpa alguma, e o CAS aceitou nossa tese”, completou. Sua liberação tem efeito imediato.
O brasileiro estava suspenso pela Fina desde julho de 2019, após testar positivo para clostebol —anabólico proibido pela Wada (Agência Mundial Antidoping)— em um exame realizado meses antes. Mais tarde, no mesmo mês, ele teve sua pena estendida de oito meses para um ano, o que o inviabilizaria de participar da seletiva olímpica.
A tese da toalha contaminada já havia sido aceita pela federação, que no entanto entendeu que isso não o isentava de culpa.
O clostebol —substância encontrada em produtos para cicatrização—, já suspendeu atletas como a saltadora Maurren Maggi, em 2003, e o nadador Henrique Rodriguês, em 2017.
Por conta do gancho, Gabriel perdeu os Jogos PanAmericanos de Lima e o Mundial de Esportes Aquáticos da Coreia do Sul, em 2019. Em 2017, ele integrou a equipe brasileira que ficou com a prata no revezamento 4 x 100 m livre, quando nadou a distância em 48s30.
A equipe brasileira de revezamento é cotada como uma das candidatas ao pódio nessa prova nos Jogos Olímpicos de Tóquio.