Intercâmbio
De volta ao Brasil após quase uma semana nos Emirados Árabes Unidos, onde anunciou que vai receber R$ 2 bilhões de um fundo local, o empresário Sidnei Piva, presidente da Itapemirim, organiza documentos e equipe para abrir um escritório em Dubai, uma exigência do contrato para a transferência do recurso. Segundo Piva, o nome do fundo será revelado após a visita do investidor ao Brasil, entre os dias 19 e 24, quando as partes assinarão um memorando de entendimento.
DECOLAGEM
O plano de negócios resgata um interesse antigo da companhia de transporte rodoviário de reabrir um braço no modal aéreo, como tinha no passado. A ideia agora é integrar carga e passageiros, aproveitando a presença da empresa em 22 estados. Também há intenção de disputar as concessões de aeroportos regionais em SP.
TURBINA
O aporte chega no momento em que a empresa se prepara para sair de uma recuperação judicial que, segundo Piva, não desmontou a ambição de voltar para o transporte aéreo. Em 2017, a Itapemirim tentou comprar a Passaredo, sem sucesso. “Com esse investimento não tem motivo para ficar em recuperação”, diz o empresário.
TRAJETO
Uma parte do projeto contempla a troca de todos os 500 ônibus da frota, o que deve ser feito nos próximos cinco anos. A meta inicial também prevê a compra de 35 aviões com possibilidade de negócios no mercado de leasing na Europa e na Ásia.
JANELA
Para Piva, a chegada do recurso dará poder de negociação na compra de aviões, podendo elevar o plano inicial. “Buscaremos a melhor condição para ter o maior número possível de aeronaves”, diz.
TRILHOS
Animado com a previsão do ministro Tarcísio de Freitas de R$ 30 bilhões de investimentos em malha ferroviária, o setor de infraestrutura está ansioso com o futuro da estatal Valec, que trocou de comando três vezes desde o início do governo Bolsonaro.
CADEIRA
O atual presidente da Valec, Rafael Castello Branco, que assumiu em dezembro, tem quatro superintendências ocupadas por interinos e a principal diretoria, de engenharia, com um substituto.
DESTINO
No entorno do ministro, Castello Branco é tido como um nome de mercado e pró-negócios, próximo de Gustavo Montezano, do BNDES, e com passagem pelo setor imobiliário, na Gafisa.
CAIXA
A previsão do cenário do comércio no mundo em 2020 é de incerteza e crescimento moderado, segundo estudo da Deloitte sobre as 250 maiores varejistas. No Brasil, o obstáculo é o fraco desempenho da economia global, principalmente China e Europa.
NACIONAL
Quatro brasileiras estão entre as 250 maiores: Via Varejo (143ª), Lojas Americanas (211ª), Magazine Luiza (238ª) e Raia Drogasil (239ª). A dona das Casas Bahia entrou para o ranking nesta edição.
FLUXO
“PROSA Nós já estávamos trabalhando isso havia dois anos, com todos os estudos de rota, viabilidade e valores de passagem
Sidnei Piva presidente da Viação Itapemirim
A receita média das empresas no ranking da Deloitte alcança US$ 19 bilhões. Todas somadas chegam a US$ 4,74 trilhões. No topo estão as americanas Walmart, Costco e Amazon.
ESPAÇO
O metro quadrado de aluguel mais caro na avenida Faria Lima, em SP, chegou a R$ 240 ao mês, segundo a consultoria imobiliária Newmark Knight Frank. Há um ano, era R$ 190. A vacância entre imóveis comerciais de alto padrão no local caiu de 17,4% em janeiro de 2019 para 7,2% no início deste ano.
PONTO
A segurança em relação ao emprego atingiu o maior patamar desde abril de 2015, diz a Confederação Nacional do Comércio. Neste mês, 39,1% dos entrevistados disseram se sentir mais estáveis no trabalho, ante 37,4% no mesmo período em 2018.