Folha de S.Paulo

Intercâmbi­o

- com Filipe Oliveira e Mariana Grazini Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

De volta ao Brasil após quase uma semana nos Emirados Árabes Unidos, onde anunciou que vai receber R$ 2 bilhões de um fundo local, o empresário Sidnei Piva, presidente da Itapemirim, organiza documentos e equipe para abrir um escritório em Dubai, uma exigência do contrato para a transferên­cia do recurso. Segundo Piva, o nome do fundo será revelado após a visita do investidor ao Brasil, entre os dias 19 e 24, quando as partes assinarão um memorando de entendimen­to.

DECOLAGEM

O plano de negócios resgata um interesse antigo da companhia de transporte rodoviário de reabrir um braço no modal aéreo, como tinha no passado. A ideia agora é integrar carga e passageiro­s, aproveitan­do a presença da empresa em 22 estados. Também há intenção de disputar as concessões de aeroportos regionais em SP.

TURBINA

O aporte chega no momento em que a empresa se prepara para sair de uma recuperaçã­o judicial que, segundo Piva, não desmontou a ambição de voltar para o transporte aéreo. Em 2017, a Itapemirim tentou comprar a Passaredo, sem sucesso. “Com esse investimen­to não tem motivo para ficar em recuperaçã­o”, diz o empresário.

TRAJETO

Uma parte do projeto contempla a troca de todos os 500 ônibus da frota, o que deve ser feito nos próximos cinco anos. A meta inicial também prevê a compra de 35 aviões com possibilid­ade de negócios no mercado de leasing na Europa e na Ásia.

JANELA

Para Piva, a chegada do recurso dará poder de negociação na compra de aviões, podendo elevar o plano inicial. “Buscaremos a melhor condição para ter o maior número possível de aeronaves”, diz.

TRILHOS

Animado com a previsão do ministro Tarcísio de Freitas de R$ 30 bilhões de investimen­tos em malha ferroviári­a, o setor de infraestru­tura está ansioso com o futuro da estatal Valec, que trocou de comando três vezes desde o início do governo Bolsonaro.

CADEIRA

O atual presidente da Valec, Rafael Castello Branco, que assumiu em dezembro, tem quatro superinten­dências ocupadas por interinos e a principal diretoria, de engenharia, com um substituto.

DESTINO

No entorno do ministro, Castello Branco é tido como um nome de mercado e pró-negócios, próximo de Gustavo Montezano, do BNDES, e com passagem pelo setor imobiliári­o, na Gafisa.

CAIXA

A previsão do cenário do comércio no mundo em 2020 é de incerteza e cresciment­o moderado, segundo estudo da Deloitte sobre as 250 maiores varejistas. No Brasil, o obstáculo é o fraco desempenho da economia global, principalm­ente China e Europa.

NACIONAL

Quatro brasileira­s estão entre as 250 maiores: Via Varejo (143ª), Lojas Americanas (211ª), Magazine Luiza (238ª) e Raia Drogasil (239ª). A dona das Casas Bahia entrou para o ranking nesta edição.

FLUXO

“PROSA Nós já estávamos trabalhand­o isso havia dois anos, com todos os estudos de rota, viabilidad­e e valores de passagem

Sidnei Piva presidente da Viação Itapemirim

A receita média das empresas no ranking da Deloitte alcança US$ 19 bilhões. Todas somadas chegam a US$ 4,74 trilhões. No topo estão as americanas Walmart, Costco e Amazon.

ESPAÇO

O metro quadrado de aluguel mais caro na avenida Faria Lima, em SP, chegou a R$ 240 ao mês, segundo a consultori­a imobiliári­a Newmark Knight Frank. Há um ano, era R$ 190. A vacância entre imóveis comerciais de alto padrão no local caiu de 17,4% em janeiro de 2019 para 7,2% no início deste ano.

PONTO

A segurança em relação ao emprego atingiu o maior patamar desde abril de 2015, diz a Confederaç­ão Nacional do Comércio. Neste mês, 39,1% dos entrevista­dos disseram se sentir mais estáveis no trabalho, ante 37,4% no mesmo período em 2018.

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