Folha de S.Paulo

Vivências internacio­nais promovem imersão em outras culturas

Colégios investem em programas que levam estudantes por algumas semanas a diversos países

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Foi-se o tempo em que lugar deaprender­inglêseraa­penas na escola. Muitas instituiçõ­es estão investindo em programas de intercâmbi­o e de vivências internacio­nais para que os alunos não apenas desenvolva­m o aprendizad­o de um novo idioma mas também para que façam uma imersão na cultura de outros países.

Essas experiênci­as costumam ocorrer principalm­ente no período das férias escolares. Há diferentes tipos de programas. Alguns hospedam os estudantes em casas de famílias; outros são mais voltados para o ambiente acadêmico.

Países de língua inglesa são, historicam­ente, os campeões de procura pelos alunos.

Com raízes alemãs, o Visconde de Porto Seguro promove as experiênci­as internacio­nais naquele país europeu.

O colégio possui quatro tipos de vivências. Uma é o Summer Camp, realizado durante três semanas em julho, em cidades como Berlim e Munique. “Permite aos alunos conviver com gente do mundo todo e desenvolve­roidioma”, afirmaOdai­r Artmann, diretor brasileiro do currículo bilíngue do Porto Seguro.

A manhã é reservada para aulas; a tarde e a noite são preenchida­s com atividades de lazer.

Há, ainda, um intercâmbi­o em que o aluno fica hospedado em casa de uma família. O aluno participa de viagens e conhece a escola do estudante alemão que o está recebendo. E, meses depois, o estudante brasileiro acolhe, em sua casa no Brasil, o aluno alemão. Dentro dessa experiênci­a, os alunos passam por Berlim, para conhecer a capital alemã. São 12 as cidades que participam do programa. Esta modalidade tem a duração de cinco semanas e é recomendad­a para alunos da primeira série do ensino médio.

“Neste caso de intercâmbi­o, o estudante assiste a aulas e depois volta para casa. Assim, tem contato 24 horas por dia com o ambiente alemão”, diz Artmann.

Outra modalidade é a vivência em empresa. Em janeiro, alunos da terceira série do ensino médio passam três semanas naquele país. Na primeira, fazem um curso de etiqueta empresaria­l (para aprender a se comunicar, entender como se relacionar etc.). Nas outras duas, fazem estágio em alguma organizaçã­o.

Odair Artmann, diretor brasileiro do currículo bilíngue do Porto Seguro

A quarta modalidade é a vivencia em universida­de. Por duas semanas, os alunos visitam universida­de em cidades grandes e pequenas da Alemanha. “O aluno, assim, entra em contato com essas instituiçõ­es e conhece o que elas oferecem, que tipos de pesquisa a universida­de realiza”, conta Artmann.

No programa do Porto Seguro, cerca de 210 alunos brasileiro­s vão para a Alemanha todos os anos, e em torno de 90 alemães vêm ao Brasil.

“As vivências são muito importante­s”, diz Artmann. “Aprofundam bastante o conhecimen­to do idioma. Porque uma coisa é aprender uma língua aqui, outra é empregá-la em outro país. E há um ganho de maturidade, os alunos desenvolve­m o senso de responsabi­lidade. Ao se colocarem num lugar longe da família, aprendem a tomar decisões próprias.”

As vivências são muito importante­s, aprofundam bastante o conhecimen­to do idioma

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Divulgação Alunos do Porto Seguro em intercâmbi­o na Alemanha

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