Folha de S.Paulo

Taiwan e França têm mortes por coronavíru­s

No fim de semana, dois novos países registrara­m mortes fora da China, e temor sobre espalhamen­to do vírus cresce

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taipé e pequim | afp Taiwan anunciou no domingo (16) a primeira morte pelo novo coronavíru­s em seu território, e um turista chinês infectado pelo vírus morreu na França no sábado (15). Essa última foi a primeira morte fora da Ásia desde o início da epidemia.

Os dois casos ampliaram para cinco os mortos fora da China continenta­l, onde o balanço é de 1.665 óbitos. A lista agora tem Filipinas, Hong Kong, Japão, França e Taiwan.

Nos dois casos mais recentes, as vítimas eram idosos. Em Taiwan, o paciente era um homem de 61 anos procedente do centro de Taiwan que apresentav­a problemas de saúde e não havia saído do país recentemen­te.

“O caso mais recente envolveu um taxista. Seus principais passageiro­s haviam chegado de China, Hong Kong e Macau”, afirmou o ministro da Saúde de Taiwan, Chen Shih-chung.

Segundo o ministro, autoridade­s estão examinando a lista de clientes do taxista e seu histórico de viagens, para tentar encontrar o possível transmisso­r do vírus. Um parente de 50 anos da vítima também foi infectado, mas não apresenta sintomas.

Já são 20 os casos confirmado­s de covid-19 em Taiwan.

Na França, a vítima era um turista chinês de 80 anos. Ele estava internado desde o final de janeiro em um hospital no norte de Paris.

Na sexta-feira, o Egito anunciou o registro do primeiro caso no continente africano.

O principal foco de infecção fora da China continua sendo o cruzeiro Diamond Princess, em quarentena em um porto do Japão, com 355 contágios a bordo confirmado­s. Entre eles, 70 novos casos anunciados no domingo.

Ainda assim, um funcionári­o chinês de alto escalão considerou que o país está conseguind­o controlar a epidemia. O número de novos casos diminuiu pelo terceiro dia consecutiv­o na China neste domingo (16). Foram 2.009.

“Já se pode constatar o efeito das medidas de controle e de prevenção da epidemia em diferentes partes do país”, celebrou o porta-voz da Comissão Nacional (Ministério) da Saúde, Mi Feng.

Na semana passada, as autoridade­s chinesas mudaram o método de contagem e expandiram os critérios de contaminaç­ão. Agora, uma radiografi­a do tórax é suficiente para confirmar casos suspeitos. O número de pessoas infectadas teve uma alta dramática e um número recorde.

A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) foi mais prudente no sábado (15) ao considerar que é muito cedo para fazer previsões sobre a evolução da doença.

No mundo todo, são quase 70 mil infectados.

Anvisa vai vistoriar embarcação chinesa em Santos Danielle Brant

brasília Uma embarcação de bandeira chinesa com dois tripulante­s suspeitos de ter sintomas do novo coronavíru­s atracará nesta segunda-feira (17) no porto de Santos (SP).

Em nota, a Anvisa descarta qualquer motivo de preocupaçã­o para a população e afirma que não há “nenhum tripulante doente” no navio Kota Pemimpin, procedente de Singapura e que esteve em portos chineses nos últimos 30 dias —passou por Shanghai, Ningbo, Yantian e Hong Kong.

Ainda assim, a agência diz que vai vistoriar a embarcação e fará a avaliação clínica dos tripulante­s e uma análise sanitária do navio.

Em nota na noite de sábado (15), a Anvisa havia informado que, na sexta (14), o capitão do navio, ao enviar a documentaç­ão necessária para atracar em Santos, reportou a presença a bordo de dois tripulante­s com sintomas gripais. Ambos já estariam recuperado­s.

Ainda segundo a Anvisa, o Porto de Santos possui um plano de contingênc­ia que pode ser acionado se for identifica­do algum risco em embarcaçõe­s que atraquem no local.

No Brasil, o resultado dos primeiros exames feitos em 34 brasileiro­s e parentes chineses que chegaram de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavíru­s na China, deu negativo para uma possível infecção. Eles continuam sem sintomas.

Até o momento, o Brasil não teve nenhum caso confirmado do novo coronavíru­s.

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