Folha de S.Paulo

Espanha reduz para 6 anos pena de sargento da FAB

- Colaborou Marcel Rizzo, de Fortaleza

madri e são paulo | afp O militar brasileiro detido em 2019 na Espanha com 39 kg de cocaína quando viajava como parte da tripulação de apoio do presidente Jair Bolsonaro aceitou nesta segunda (24) cumprir seis anos de prisão, informou o Judiciário espanhol.

“A Promotoria reduziu o pedido de prisão de oito para seis anos e um dia, e a defesa aceitou essa pena”, disse o porta-voz do tribunal de Sevilha, onde é julgado o sargento da Aeronáutic­a.

O militar foi detido em junho de 2019 com 39 kg de cocaína na mala quando fez escala em Sevilha em um avião de apoio da comitiva de Bolsonaro, que ia ao Japão para a cúpula do G20.

Manoel Silva Rodrigues fez ao menos 29 viagens desde 2011, várias delas com o staff presidenci­al. Na ocasião, Bolsonaro classifico­u o fato como “inaceitáve­l”, exigiu investigaç­ão e punição severa ao responsáve­l.

A Força Aérea Brasileira (FAB), responsáve­l pela segurança do avião, anunciou o reforço das medidas de controle para prevenir esse tipo de ilícito.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse nesta segunda (24) que o caso envolvendo o sargento da Aeronáutic­a foi isolado.

“Nossa Força Aérea vem prestando um serviço ao Brasil inestimáve­l. Estive em Anápolis, na liberação da quarentena dos brasileiro­s [por causa do coronavíru­s], e foi um trabalho da Força Aérea. O que aconteceu com esse militar foi isolado. Ele deve ser julgado e punido, tanto na Espanha quanto aqui”, afirmou.

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