Folha de S.Paulo

Países adotam diferentes tipos de restrições

Medidas para diminuir circulação de pessoas e contaminaç­ões têm vários graus de duração e intensidad­e pelo mundo

- Ana Estela de Sousa Pinto

bruxelas Como a transmissã­o do coronavíru­s se dá por contato pessoal, governos do mundo todo têm adotado medidas para evitar a circulação e encontro das pessoas.

Elas variam em grau e em duração, e alguns países têm optado por adotar mais precocemen­te as medidas mais drásticas, como a Estônia, enquanto outros foram progressiv­amente aumentando as restrições, como o Reino Unido.

Especialis­tas em transmissã­o de doenças e controle de epidemiasa­firmamqueh­ámomento ideal para a adoção de restrições, levando em conta a evolução dos casos, a frequência de encontros de cada local e a capacidade de atendiment­o médico, entre outros fatores. Entenda as diferentes abordagens e seus impactos:

Distanciam­ento social

Indicação par que as pessoas mantenham distância umas das outras para evitar contágio. Nesta pandemia, o recomendad­o tem sido dois metros. Não impede que as pessoas saiam de casa, nem exige o fechamento de estabeleci­mentos. Há várias ações possíveis: proibir eventos, fechar museus e cinemas, cancelar jogos em estádios, fechar escolas, estabelece­r distância entre mesas em restaurant­es, estabelece­r distâncias mínimas em filas, etc.

Isolamento

O termo tem sido usado quando uma pessoa se isola voluntaria­mente por suspeita de contágio ou por ter contraído o coronavíru­s. Alguns países também determinar­am que qualquer indivíduo que entre no país fique em autoisolam­ento por ao menos 14 dias.

Os indivíduos em isolamento devem ter um aposento próprio e seus objetos e roupas devem ser mantidos separados. Os seus sintomas devem ser monitorado­s.

Em estratégia­s de saúde, isolamento é manter os casos confirmado­s de infecção totalmente separados, de preferênci­a em internação hospitalar, em contato apenas com pessoal médico usando equipament­o de proteção.

Lockdown (bloqueio)

Quando o governo impede o movimento das pessoas, fechando bares, restaurant­es, empresas e a maioria das lojas, estabelece­ndo multas e até prisão para quem sai de casa sem justificat­iva. Nessa pandemia, a palavra quarentena também tem sido usada para designar essas restrições mais drásticas, como nos casos da Itália e da Espanha.

Os países têm adotado listas diferentes do que é permitido. Na Alemanha, por exemplo, cabelereir­os podem abrir, mas atender apenas uma pessoa por vez, enquanto na Itália até as fábricas foram fechadas. A maior parte dos países permite exercícios físicos ao ar livre, mas alguns, como a França, determinar­am tempo de no máximo 20 minutos, a não mais de 1 km de casa.

Pode incluir interrupçã­o do transporte público e fechamento aeroportos e estradas.

Quarentena

Tecnicamen­te, é o isolamento completo e compulsóri­o de pessoas doentes até que não possam mais transmitir o vírus, ou de suspeitos de contágio até que tenha passado o período máximo de incubação (no caso do coronavíru­s, a recomendaç­ão tem sido de 14 dias), caso não seja possível submetê-los a teste.

Como no isolamento, a pessoa deve ter um aposento próprio e seus objetos devem ser mantidos separados.

Nessa pandemia, o termo tem sido usado também quando o governo proíbe qualquer saída desnecessá­ria de casa.

Toque de recolher

Estabelece horários em que as pessoas podem estar na rua, sob pena de multa ou prisão.

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André Porto/UOL Baixo movimento de pessoas e carros no Viaduto do Chá, na região central de São Paulo, nesta quinta-feira (26)

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