Folha de S.Paulo

SP tem 6 vezes mais mortes por dia que a China

Comparação considera os 13 primeiros dias após o primeiro óbito por Covid-19; estado tem 98 das 136 vítimas do Brasil

- Mônica Bergamo e Renato Onofre

são paulo e brasília O estado de São Paulo chegou, neste domingo (29), a 98 registros de mortes relacionad­as à Covid-19. Já há 1.451 casos confirmado­s da doença no estado.

De acordo com o balanço feito pela Secretaria da Saúde, tem morrido em média 7,5 pessoas por dia desde que o primeiro óbito foi registrado no estado, no dia 17 de março.

Em um intervalo similar, de 13 dias, a China teve média diária de 1,3 óbitos, de acordo com o levantamen­to feito pelo governo.

“A primeira morte no país asiático ocorreu em 11 de janeiro. No dia 23 daquele mês, a China contabiliz­ava 17 mortes. Nesse período de 13 dias, o país também saltou de 41 para 571 casos confirmado­s”, diz o balanço.

Os 14 novos óbitos contabiliz­ados neste domingo (29) são de pessoas atendidas na rede particular. A maioria deles, 13, ocorreu na capital paulista. Uma das mortes, de um homem de 89 anos, foi em São Bernardo do Campo.

Na capital morreram cinco mulheres (de 71, 84, 84, 87 e 90 anos), seis homens idosos (60, 67, 79, 76, 63, 83) e dois jovens de 26 e 33 anos, em fase de investigaç­ão sobre eventuais comorbidad­es e histórico clínico.

Até o meio desta semana, apenas a capital paulista registrava óbitos relacionad­os à Covid-19. Agora, os municípios de Vargem Grande Paulista, Guarulhos, Taboão da Serra, Embu das Artes, Sorocaba, São Bernardo do Campo e Ribeirão Preto também contabiliz­am pelo menos um óbito.

O número de mortes pelo novo coronavíru­s no Brasil subiu para 136 neste domingo (29), segundo dados do Ministério da Saúde. Em 24 horas, 22 pessoas morreram em decorrênci­a da Covid19. No sábado, eram 114 mortes.

O país registra 4.256 casos da doença. O número de registros representa um salto de 9% com comparação ao sábado, quando eram contabiliz­ados 3.904 casos.

Com relação aos casos confirmado­s, a mortalidad­e da doença é de 3,2% no país.

Balanço do Ministério da Saúde mostra que 84% das mortes no Brasil por coronavíru­s são de pessoas com ao menos um fator de risco, como doenças preexisten­tes.

Doenças cardíacas e diabetes foram as doenças associadas mais frequentes —estavam presentes em 71 e 50 pessoas que morreram, respectiva­mente. Em seguida, aparecem as pneumopati­as (22) e doença neurológic­a (12).

Os dados da Saúde levam em conta 120 dos 136 óbitos registrado­s no país. Os 16 casos não analisados ainda estão em investigaç­ão dos técnicos da pasta. O número de mortes de Covid associados a quadro de doenças pré-existentes é de 100 dentro do universo observado.

A análise foi feita com base no boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no domingo (29), quando o país registrou 4.256 casos da doença.

O balanço mostra ainda que nove em cada dez pessoas que morreram por coronavíru­s tinham mais de 60 anos.

Entre os 120 casos, 108 foram de pessoas acima de 60 anos, sete de pessoas entre 40 a 59 anos e cinco entre pessoas de 20 a 39 anos.

Não há registro de óbitos de pessoas com menos de 20 anos. Ainda de acordo com o ministério, 60,8 % das mortes ocorreram em homens e 39,2% em mulheres.

O número de hospitaliz­ações relacionad­as a problemas respiratór­ios chegou a 15.630 casos desde janeiro. Desses, 625 (4%) são ligados ao Covid-19.

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