Empresas pedem a Mourão combate ao desmatamento
Preocupado com imagem internacional, um grupo de 36 companhias e quatro organizações levou ao vice-presidente Hamilton Mourão, à frente do Conselho da Amazônia Legal, pedido de combate ao desmatamento.
são paulo e brasília Um grupo formado por 36 companhias e quatro organizações empresariais protocolou nesta segunda (6), junto à Vice-Presidência da República e ao Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão, uma carta pedindo o combate “inflexível e abrangente” ao desmatamento ilegal na Amazônia e demais biomas brasileiros.
As empresas demonstram preocupação com a atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior, devido às questões socioambientais.
“Essa percepção negativa tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país”, escrevem.
As companhias também sugerem ações para aplacar a reação negativa de investidores e consumidores estrangeiros.
Segundo o grupo, o documento também será protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal), no Senado, na Câmara e na PGR (Procuradoria Geral da República).
“Já recebi a carta. Este grupo tem mantido contato comigo há algum tempo e todos os pontos que estão colocados ali, naquele documento, vão de encontro aos objetivos do Conselho da Amazônia”, disse Mourão. “Então, estamos fechados, juntos.”
O vice-presidente também comentou a decisão do MPF (Ministério Público Federal) que, na segunda (6) pediu que a Justiça Federal afaste Ricardo Salles do comando do Ministério do Meio Ambiente.
O pedido faz parte de uma ação civil pública movida por 12 procuradores da República, que acusam Salles de “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”.
Para Mourão, esse tipo de processo “não tem condição de prosperar porque coloca que o ministro incorre numa improbidade administrativa”, então, para o vice-presidente trata-se de “algo que é mais político que qualquer outra coisa”.