Folha de S.Paulo

Empresas pedem a Mourão combate ao desmatamen­to

- Thais Carrança, Daniel Carvalho e Iara Lemos

Preocupado com imagem internacio­nal, um grupo de 36 companhias e quatro organizaçõ­es levou ao vice-presidente Hamilton Mourão, à frente do Conselho da Amazônia Legal, pedido de combate ao desmatamen­to.

são paulo e brasília Um grupo formado por 36 companhias e quatro organizaçõ­es empresaria­is protocolou nesta segunda (6), junto à Vice-Presidênci­a da República e ao Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão, uma carta pedindo o combate “inflexível e abrangente” ao desmatamen­to ilegal na Amazônia e demais biomas brasileiro­s.

As empresas demonstram preocupaçã­o com a atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior, devido às questões socioambie­ntais.

“Essa percepção negativa tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacion­al, mas de forma efetiva para o desenvolvi­mento de negócios e projetos fundamenta­is para o país”, escrevem.

As companhias também sugerem ações para aplacar a reação negativa de investidor­es e consumidor­es estrangeir­os.

Segundo o grupo, o documento também será protocolad­o no STF (Supremo Tribunal Federal), no Senado, na Câmara e na PGR (Procurador­ia Geral da República).

“Já recebi a carta. Este grupo tem mantido contato comigo há algum tempo e todos os pontos que estão colocados ali, naquele documento, vão de encontro aos objetivos do Conselho da Amazônia”, disse Mourão. “Então, estamos fechados, juntos.”

O vice-presidente também comentou a decisão do MPF (Ministério Público Federal) que, na segunda (6) pediu que a Justiça Federal afaste Ricardo Salles do comando do Ministério do Meio Ambiente.

O pedido faz parte de uma ação civil pública movida por 12 procurador­es da República, que acusam Salles de “desestrutu­ração dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”.

Para Mourão, esse tipo de processo “não tem condição de prosperar porque coloca que o ministro incorre numa improbidad­e administra­tiva”, então, para o vice-presidente trata-se de “algo que é mais político que qualquer outra coisa”.

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