Bolsonaro negou por meses e ‘65.000 brasileiros morreram’
Início da noite de terça (7) e Jair Bolsonaro já estava caindo das páginas iniciais pelo mundo. Mas foi uma tarde de manchetes digitais do New York Times ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, a grande maioria com o enunciado simples, “Presidente do Brasil testa positivo para coronavírus”, seguido de complementos críticos.
Do NYT, na home, “Bolsonaro revelou que tem Covid-19 depois de meses negando a gravidade da pandemia. Mais de 65.000 brasileiros morreram”. Do alemão FAZ, “Ele sempre minimizou o vírus e apontou o uso de máscaras como absurdo”.
O italiano Corriere della Sera destacou “Sua frase chocante: Lamento pelas vítimas, mas todos iremos morrer”. O inglês The Guardian o tratou por “presidente de extrema direita que trivializou repetidamente a pandemia”.
Na Argentina, La Nación e Clarín também deram manchete e, logo abaixo, que ele diz estar tomando “cloroquina, o remédio controverso que, sem provas científicas, defendeu várias vezes”.
Wall Street Journal, Washington Post, o alemão Süddeutsche, o chinês Caixin e outros noticiaram como submanchete ou menos, mas quase sempre acrescentando que ele “minimiza a pandemia” ou então “subestimou repetidamente o vírus como ‘gripezinha’ e o Brasil se tornou um foco da pandemia”.
NA RETA FINAL
Da agência Reuters, por NYT e outros, “Em velocidade de guerra, China lidera corrida para vacina de Covid-19”. Abrindo o texto, “A China está na dianteira” e vai ter uma segunda vacina entre as três que chegaram ao “estágio final de testes”. Pela China, Sinopharm e Sinovac. Do outro lado, a britânica AstraZeneca.
ARGENTINA & CHINA
El Economista e outros noticiam a conferência entre o chanceler argentino e o ministro chinês do Comércio, sobre os próximos passos dos “sócios estratégicos integrais”, no dizer do primeiro. Trataram de “cooperação em tecnologia, agricultura, infraestrutura e finanças”, inclusive investimento conjunto na produção de carne. Buenos Aires defendeu “comércio livre” e deu o seu apoio a uma “Organização Mundial do Comércio que recupere sua força”.